Estranhamente,
distorcem-se, as imagens,
Não
mais entendo o conteúdo, das mensagens,
Estão
meus olhos, espontaneamente cegos,
Há
um embate, entre o claro e os pontos negros...
O
sol está mais forte, e ora queima como fogo,
Sem ter
limites, sem dar à brisa, arrego,
Arranca
a pele, expõe o osso,
Finge
chorar, sabe que tem, da noite endosso...
A
pedra joga-se, do cume, de um morro alto,
Balança
louca, ao sabor do forte vento,
Despenca
inteira, no íntimo sabendo,
Espatifar-se
junto, ao que a estiver detendo...
Inquieta
e tensa, o suor me cobre o rosto,
Minha
cabeça gira, no coração, mais um desgosto,
Fica
impossível, manter no peito a calma,
Se,
a sombra encobre a luz, a dor... Dói mais... Na alma...
Lani (Zilani Celia)
Boa noite de sábado, querida amiga Zilani!
ResponderExcluirComo sempre, um poema reflexivo e, de certa forma, filosófico.
Os embates da vida nos fazem mesmo despencar... espatifar...
Fica, de fato, impossível manter a calma.
A inquietude pode ser uma cobranca interna a uma metanoia.
Tenha dias abencoados!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
Zilani,
ResponderExcluirBonito isso...
"Estranhamente, distorcem-se, as imagens,
Não mais entendo o conteúdo, das mensagens,
Estão meus olhos, espontaneamente cegos,
Há um embate, entre o claro e os pontos negros..."
É o não reconhecimento do que acontece durante o dia ou à noite. É a inquietude dos olhos que "cegam no sono" fora de hora, das noites de insônia.
Beijos
Bom domingo!
Que poema profundo minha amiga tem-se que saber ler nas entrelinhas! Muito bom estar aqui ! Teus poemas são fontes de beleza! Bjo
ResponderExcluirLinda e bem expressa a inquietude que por vezes se faz presente! Um lindo domingo! bjs, chica
ResponderExcluirPensamos por imagens, ou, então, perseguimos através do desejo certas miragens, mas é terrível quando sentimos cifrado o conteúdo das mensagens.
ResponderExcluirLacan falou, a este respeito, de "muro da linguagem", muito embora esta seja simbólica; contudo, o que ele pretendeu significar é que, na relação com o outro, surge um véu de sentido - "Estão meus olhos, espontaneamente cegos".
Interpreto a pedra como o peso que carregamos na alma e que cai sempre em cima de nós... ou os escolhos do caminho, aqueles que não conseguimos afastar para longe. Se tal não for possível, "Minha cabeça gira, no coração, mais um desgosto,
Fica impossível, manter no peito a calma,
Se, a sombra encobre a luz, a dor... Dói mais... Na alma..."
Sublime, este final. Aqui, "se, a sombra encobre a luz (...)", forja-se o não-lugar do sentido, a dilacerante estranheza da dor, a incógnita súbita que bifurca a alma dilematicamente, a inconsistência da verdade que nos abandona, e que escamoteia a interacção que o desejo sempre busca na sua enigmática errância.
Excelente poesia, excelente.
Beijos
Ah! Esta tal inquietude ... por ela vivemos plenamente ... sem ela isto não seria possível!
ResponderExcluirBela poesia, parabéns!
ResponderExcluirBeijinhos
Oi, Zilani, pegaste todo o ser humano com seus problemas mais complexos, nas entrelinhas se mostram bem. E assim vamos nós navegando meio sem rumo, por vezes acertando, outras não, mas tocando a vida tentando acertar. Gostei muito, amiga!
ResponderExcluirBeijo, uma ótima semana!
Oi Zilani! Que poema lindo, rico em metáforas a desvendar, ainda vou ficar com elas mais um pouco e saboreá-las inquieta para descobrir significados.
ResponderExcluirAmei a leitura como sempre, abração!
Eu vim trazer-te o meu abraço
ResponderExcluirE agradecer o carinho da sua visita
com comentários lindos.
Obrigado por sua
preciosa amizade!!!
Não existe nada mais lindo
Do que o seu carinho com cheiro de Flor !
Seja sempre bem vinda!
Lindos versos, amiga Zilani, a sensibilidade inspiradora nessa inquietude que é a vida, sentir as energias, nem sempre de tranquilidade e certezas, mas de saber que todas as almas aqui nessa jornada enfrentam dilemas, inseguranças e com certeza a dor sempre dói mais na alma!
ResponderExcluirAmei ler!
Abraços apertados!
Oi, Zilani, um belo poema pleno de significados para aquilo que denomino angústia existencial.
ResponderExcluiradmiro a sua capacidade de transformar em imagens poéticas situações de vida real e psicológica de forma tão contundente. Parabéns!
Brilhante. Amei o seu poema!!
ResponderExcluirBeijo. Boa noite!
Profundamente belo Lani.
ResponderExcluirA sombra, a dor, o desencanto em poesia maravilhosa.
Ouço o vento cortado pela pedra e analogamente a minha dor intensifica.
Belíssimo trabalho amiga.
Abraços com carinho.
Uma semana abençoada de paz e inspirações.
Bju no coração amiga.
Essa inquietude é normal num espírito vivo e atento.
ResponderExcluirBjs, boa semana
Hoje, de uma forma mais rápida, de maneira a chegar a todos. Espero a compreensão de todos. Cheguei com:- Entregas-me uma rosa num ávido beijo. {Poetizando e Encantando}
ResponderExcluirBjos
Votos de uma óptima Segunda-Feira
Gostei bastante deste belo poema e aproveito para desejar uma boa semana.
ResponderExcluirAndarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
De grande sensibilidade este poema melancólico.
ResponderExcluirUma boa semana.
Um beijo.
Esta inquietude acontece a todos e não é nada agradável.
ResponderExcluirUm poema muito expressivo, sentido e de rara sensibilidade.
Os meus parabéns pela mensagem...
Dias muito agradáveis.
O meu terno abraço, poetiza.
~~~~
Poema profundo e tocante, Zilani.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirA inquietude, a ansiedade... padroeiras dessa vida louca que vivemos!
ResponderExcluirLindo poema.
Belíssimos versos.
ResponderExcluirA ansiedade é algo que nos domina muitas vezes.
Bjs
Lindo e profundo!
ResponderExcluirPois é, minha amiga Lani, uma hora a inquietude, noutra o equilíbrio, momentos que nos desequilibram, mas que pedem muita atenção e reflexão na nossa caminhada, e dependendo podemos esticar nossos momentos felizes.Infelizmente somos assim, instáveis.
ResponderExcluirGrande abraço, uma ótima semana, Lani.
Boa tarde Lani,
ResponderExcluirUm poema magnífico.
A inquietude domina-nos, tantas vezes.
Não sendo fácil há que saber travá-la.
Beijinhos,
Ailime
Um poema que exprime conflitos e lutas interiores...
ResponderExcluirA alma com as suas complexidades...
Bjs
Oi, amiga!
ResponderExcluirNão sei o que te ia na alma no dia em que escreveste este poema, mas havia em ti um certo "desassossego", tão bem comentado pelo Humberto.
O Brasil está vivendo dias difíceis, e talvez esse facto, influenciasse teu poema, involuntariamente. Se não passou de um desabafo poético, de mais um poema, está mto bem pensado e escrito.
Beijos e bfds.
El poema encierra -a pesar del dolor y las sombras-un encanto lírico, que hace parte de tu identidad versadora. Se siente al leer estos versos, la pesadumbre. UN abrazo. Carlos
ResponderExcluirAs lutas interiores que tanto inquietam a alma
ResponderExcluirO poema e magnífico Zilani
Beijinhos e sorrisos
Um sentimento de dor na profundidade d'alma!
ResponderExcluirUma inquietude deixando incertezas nessa dolorida caminhada.
Amei Zilani.
Bjs e obrigada pela visita.
Carmen Lúcia.
Nostálgico, sentido, sofrido e belo.
ResponderExcluirUm poema que toca a nossa alma.
Beijinhos
Maria
Molto bella la tua poesia.
ResponderExcluirBuona serata
Zilani, Zilani, Que belo! POema repleto de sensibilidade extrema e musicalidade que nos toca a alma. O poema lamenta , murmura, mas murmura alto extrema beleza. Grande beijo.
ResponderExcluirQue lindo !!!
ResponderExcluirQuerida Zilani
ResponderExcluirUm poema lindíssimo.
Deixo aqui um carinhoso abraço para tí.
Verena.
Lindooooo...amei!
ResponderExcluirBeijinho
:)
Olá, Zilani
ResponderExcluirUm poema sentido e retrata o desassossego que muitas
vezes nos vai na Alma.
Beijo
Olinda
Ah... Sim, Zilani! Eu também
ResponderExcluirSou cego, sou surdo, mudo
Para interagir com tudo
De interferência que vem.
Então, eu só digo: amém!
Assim seja, e não me iludo
Porque sei que sobretudo
Não falaram para alguém.
Esse alguém fala a si mesmo!
Vai soltando o verbo a esmo
Por jeito da elocução
Só para se convencer
Que esse alguém tem o poder
De ter o que não tem, não!...
Precisamos ser tolerantes para a coexistência pacífica com todos e conosco. Se de cada pé de galinha quisermos fazer um sopa, dará muita encrenca. Para não nos estressarmos, digamos amém e deixemos o outro imaginar que estamos a dizer: seja feita a vossa vontade até no céu que não será o limite desse alguém, talvez. Belíssimo poema que expressa uma inquietude da alma. Espero que seja com o que gravita em sua órbita e não dentro dela, tua alma. Grande abraço! Laerte.
Amiga Zilane.
ResponderExcluirQuantas saudades sinto das visitas
que fazia e recebia.
Eu acredito na passagem do tempo
mas nada poderemos mudar o rumo dos
acontecimentos.Minha querida li seus poemas
nem imagino quantos postei no meu blog.
Com carinho te deicho um abraço.
Feliz semana .Evanir.
Que a semana esteja leve e alegre amiga.
ResponderExcluirDias de inspiração para suas lindas poesias.
Beijo no coração.
Olá Zilani, tudo bem?
ResponderExcluirAs inquietudes fazem parte do ser humano, temos que saber lidar com elas e seguir em frente!
Muito belo e sentido o seu poema!
Beijos!
Olá amiga!
ResponderExcluirVim agradecer sua visita e matar saudade do seu cantinho lindo.
Amei a postagem,uma bela e intensa poesia! o tempo, como passa rápido e temos que saber lidar com as adiversidades e seguir vivendo.
Tenha um final de tarde abençoado e um início de semana feliz, com muita saúde e paz.
Abraços
Querida Lani
ResponderExcluirQue belo poema, para expressar o que os desgostos provocam!Ficamos inquietos, a sofrer sem saber como ultrapssar a situação.
A sua composição está sublime! Parabéns.
Um beijinho
Beatriz
Mais um arrebatador momento poético, repleto de alma e emoção... mais um trabalho brilhante, Zilani! Sempre um prazer imenso, apreciar os seus belos e profundos poemas...
ResponderExcluirBeijinhos
Ana