As lágrimas
não correram, ficaram ali, congeladas,
Os olhos
se fecharam, tentando expulsá-las,
Como
duas pedras de sal permaneceram, grudadas,
Não quiseram sair, ficaram à alma algemadas...
Se
corressem seriam enfim libertadas,
Mas,
que seria da vida, sem por elas ter sido regada,
Apenas um arremedo, sem verdadeiras jornadas,
Sofrida
talvez, mas jamais vivenciada...
Duas
gotas brilhantes, esperanças represadas,
Que ao
caírem ao chão, são pela chuva levadas,
Regam
jardins, com lindas flores cultivadas,
Rosas
brancas, pelas mãos do destino, plantadas...
Choradas
na noite, como orvalho divino,
Gotas guardadas
num frasco cristalino,
Lavam a alma, quando por amor derramadas,
Lágrimas
sentidas... Lágrimas sagradas...
Lani