As águas rasas se
retraem, envergonhadas,
Pelas atitudes do
homem, arrasadas,
Ele, que já foi
um rio forte e caudaloso,
Hoje perece,
assoreado, morrendo de desgosto...
Suas margens, antes
frescas, verdes e vibrantes,
Parecem agora,
desertos escaldantes,
Onde a terra que
já foi fértil se quebra, ressentida,
Sentindo a dor da
flor, que fenece, e agoniza...
E, na clareira
que se abre, após a derrubada,
Tem o homem, sua
sentença de morte, assinada,
Ao matar o rio e a
árvore, mata também o próprio filho,
Irá arrepender-se,
até seu último suspiro...
A natureza tingirá
o céu de negro, pela tempestade,
Para mostrar-te
sua fúria e o quanto, para ti já será tarde,
O raio, como um
chicote, cortará a noite com seu clarão,
Quer arrancar-te
do peito, também sem pena... Teu duro coração...
Lani (Zilani Celia)