Sorria,
até brilho nos olhos, ela tinha,
Percebo,
através de sua transparência,
Nada
existe, nada mais tem, peço clemência...
Tão
pequena, na certa nem entende,
Pois,
até ontem, havia fadas em sua mente,
E o
som mais alto, era a voz amada, que ouvia,
Do
pai, a chamá-la a casa, á tardinha...
Havia
lindas flores, em seu jardim,
O
cãozinho com quem brincava, calou-se, enfim,
O
irmão, mais parecia, um anjo Serafim,
Tudo
sumiu, acabou, o silêncio pesa, é ruim...
Sai
pr’a rua, ninguém segurará, sua mão,
Sobre
os escombros, treme de aflição,
Aperta o ursinho sujo, junto ao coração...
E, como
a mãe o fazia, canta baixinho, uma canção...
Bombas
explodem, fazem o céu azul, escurecer,
Continua
ali, não sabe pr’a onde correr,
Pobre
menina, acaba, de aprender...
A
dureza da guerra e também... O que é... Morrer...
Lani ( Zilani Celia)