Estender a mão para o vazio,
Encontrar o nada em
cada curva,
Estremecer ao sentir,
do próprio corpo, o frio...
Que lhe gela a mente,
degrada a alma,
Desviando os passos,
da meta antes traçada,
Na palidez do rosto,
estampada a mágoa,
E o imponderável, de
uma mente desvairada...
Ter medo ao farfalhar
da folha,
Não permitir que a
natureza o acolha,
Descrente, não beber
da água fresca,
Queimar-se ao sol,
sem perceber a sombra...
Chorar sozinho a
lágrima que queima,
Ter solidão, como única
companheira,
Contar estrelas em
noite enluarada,
E, procurar nas
nuvens... A imagem da mulher amada...
Lani ( Zilani Celia)