No decurso,
desta noite longa,
É
muito, o pouco que a vista alcança,
Tateia
no escuro, buscando esperança,
Abre
os olhos e a lágrima estanca...
Sobre
a cama jaz, rasgada a fotografia,
Que ao passado, como corrente a prendia,
Nos
lábios, um tímido sorriso desenha,
Levanta-se
e titubeando caminha...
O
espelho quebrado, sua imagem mostra,
Não
se reconhece, branca, quase morta,
Nos
contornos do corpo, que se desnuda,
A
alma se enrosca e nova vida, busca...
Abre
a janela, sente do ar a frescura,
Emocionada,
grita alto, aponta pr’a lua,
-Sou
grata amiga, pela companhia tua,
Não
me abandonaste, foste para mim a cura,
Agora
te convido... Venha comigo... Dançar na rua...
Lani (Zilani Celia)