Meu coração chora, sofre em agonia,
Olho para o céu e peço que me atinja, um raio,
Enquanto corro descalça, tropeço e caio...
Levanto, dou vazão ao meu sofrimento,
O sangue surge, a água lava, por um momento,
Logo, volta a jorrar desenfreado,
Meu corpo ferido dói, ah, pobre coitado...
Após tantas quedas, minha roupa está suja, rasgada,
A chuva aumenta, pessoas passam, nem sou notada,
Grito teu nome e aos quatro ventos, minha desdita,
Embora saiba, que por ti... Não serei ouvida...
Hoje, quero chorar sozinha, á vontade,
Deixar, correrem as lágrimas, ter de mim piedade,
Sentir toda a tristeza, que minh’alma invade,
E, ser apenas... A louca, molhada, do parque...
Lani (Zilani Celia)