Não mais
me ouves, nem te chegam os meus ais,
Já
não me abraças, nem me acalentas mais,
Com as
garras me marcaste, não se apagarão, jamais...
Tempo,
contra mim conspiras, de forma cruel e injusta,
Não me
dás trégua, não te importa minha luta,
Onde
quer que me esconda, teimas em me encontrar,
Quanto
mais choro, mais meu rosto queres sulcar...
Anoitece
a vida, clareia um grande espelho,
Me
obrigas a nele fitar-me, por inteiro,
Veja,
por meu rosto escorrem lágrimas, de verdade,
Meu
corpo curvaste mas, não me tiraste a dignidade...
Baixo
o olhar, ao ver-te, por mim passar,
Sou
a mesma menina, que costumava te encantar,
Meu
peito geme baixinho, pois, hoje irás me deixar,
Está
doendo tanto que, de tanto doer... Vai me matar...
Lani( Zilani Celia)