De joelhos, me
posto,
Ante ti, cruel verdade,
Deixo, que me
arranques do sonho,
E me exponhas, à dura
realidade...
Abres meus olhos
com os dedos e vejo o que não quero,
Arrastas-me,
pelos cabelos, me abres sem dó, o peito,
Acendes os holofotes
do palco embolorado,
E me expões como
caça, morta em holocausto...
E assim cruel verdade, louca, alucinada,
Gritas-me
impropérios, rindo, realizada,
Maldosa, me
fizeste ver, o que sou agora,
Nada, do que
pensava ser, eu mesma me enganava...
Enquanto a plateia
de zumbis, a verdade, aplaude,
Um anjo se
sobrepõe, a minha triste imagem,
Arruma meus
cabelos, com um manto azul, me cobre,
E pela mão me
leva... Para a mais linda viagem...
Lani (Zilani
Celia)