Acordo
assustada e onde estou não sei,
Num
momento triste da vida, no qual me condensei,
Aprisionada,
onde eu mesma me amarrei,
E,
com incoerência meus sonhos desintegrei...
Se,
nem lembranças restaram de minha história,
Cansada,
alojo-me no escuro, alma desconsolada,
Como
demente, a delirar, mente embotada,
Quero
lembrar, mas, não posso, estou fortemente amarrada...
E
no vazio que me envolve, fico me procurando,
Reconheço-me,
num átomo de segundo,
Sou
a imagem ainda gravada em minha mente,
Não
a desfigurada, que vislumbro, insistentemente...
Meu
espírito sofre, preso a um corpo decadente,
Vou
libertá-lo, deixá-lo ir embora, livremente,
Abrir,
o grilhão imaginário, que a ele me prende,
Assim,
sem mim... Será livre, novamente...
Lani (Zilani Celia)