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Recanto das letras

terça-feira, 22 de dezembro de 2015





     Queridos amigos!

     Chegamos a mais um Natal e constatamos que mais um ano se passou em nossas vidas, sabemos que nem todos os nossos sonhos se realizaram, mas, sabemos também, que estamos vivos e que esta meta, que é a mais importante de todas, foi vencida pois, o dom da vida é o maior presente que Deus nos oferece dia após dia e pelo qual devemos agradecer sempre.

      UM NATAL MARAVILHOSO A TODOS, DESEJO DE CORAÇÃO.

             Zilani Celia

domingo, 6 de dezembro de 2015

FRESTAS DA VIDA!



Quando o tempo se mostrar sem tempo,
Esvairá o sonho, de cada momento,
Murchará a flor, antes viçosa,
Colhida em botão, nem chegou a ser rosa...

Quando a subida, se tornar mais penosa,
Alcançar estrelas será tarefa, extremosa,
A cada passo, nos afastaremos mais de nós,
Saberemos então, nunca, termos estado tão sós...    

Quando o vento, não nos deixar ir em frente,
Dificultando os passos, pernas dormente,
Se, mesmo de joelhos, pudermos continuar,
Não seremos vencidos, conseguiremos chegar...

Quando a noite nos mostrar seu negrume,
Sem temer o escuro, procuraremos um lume,
Se, por uma pequena fresta, a luz puder entrar,
Bastará, para toda nossa vida...  Iluminar...


              Lani    ( Zilani Celia )

domingo, 22 de novembro de 2015

UM PRANTO COMPARTILHADO!

Uma cidade, um sonho tão lindo,
Muitas flores cultivadas pelo caminho,
Na rua brincava livre o menino,
O rio corria doce, onde bebia o passarinho...

Um estrondo ecoou muito forte,
O som foi alto, repercutiu de sul a norte,
Ninguém se deu conta do inusitado,
A barreira rompeu, está tudo acabado...

A lama corre desenfreada,                                                     
Soterra as pessoas, as casas, não sobra nada,
E Mariana, a menina, fita assombrada,
Não há mais igreja, vê a escola desmoronada...

A terra chora pelo que vai fazer,
Rasgaram-lhe a carne, que ainda está a doer,
De suas entranhas tiraram o feto, para enriquecer,
Queria avisar, mas o som não saiu, quando se pôs a correr...

E, enquanto toda a nação chorava a desfaçatez,
Outro som se repetia e ouvir-se, se fez,
Rá, ta, ta, ta...  Também era lama ou pura insensatez,
Um grito de morte e viu-se o sangue, com nitidez,
Só, que agora o pranto... Tinha sotaque...  Francês...


   Lani ( Zilani Celia)

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

ENCONTRAR-SE!


 Me curvo ante o tempo, de joelhos me prostro,
Sou parte do todo, um pouco do vento,
Me perco nas curvas, do esquecimento,
Condeno minh’alma, ao recolhimento...

Nas estradas da vida, caminho descalço,
Queimando meus pés, no calor do asfalto,
Como mártir desnudo, olhos fixos no alto,
Mãos trêmulas e postas, rumo, ao cadafalso...

Se a noite me encontra chorando, disfarço,
Um sorriso nos lábios, coração desolado,
Nenhuma palavra, na boca um gemido,
Tropeçando no mundo e em meu desatino...

Antevendo o final, em meu abraço, me acolho,
A chuva me molha, já não sinto meu corpo,
No frio dos sentidos, inconsciente me busco,
E, na noite do nada... Comigo, me encontro...

    Lani (Zilani Celia)

sábado, 31 de outubro de 2015

ROMPENDO COM O PASSADO!

 
  
No decurso, desta noite longa,
É muito, o pouco que a vista alcança,
Tateia no escuro, buscando esperança,
Abre os olhos e a lágrima estanca...

Sobre a cama jaz, rasgada a fotografia,
Que ao passado, como corrente a prendia,
Nos lábios, um tímido sorriso desenha,
Levanta-se e titubeando caminha...

O espelho quebrado, sua imagem mostra,
Não se reconhece, branca, quase morta,
Nos contornos do corpo, que se desnuda,
A alma se enrosca e nova vida, busca...

Abre a janela, sente do ar a frescura,
Emocionada, grita alto, aponta pr’a lua,
-Sou grata amiga, pela companhia tua,
Não me abandonaste, foste para mim a cura,
Agora te convido... Venha comigo... Dançar na rua...

  Lani (Zilani Celia)





sábado, 17 de outubro de 2015

GOTAS AMARGAS !

 Arranco a pele que me envolve,
Exponho vivas, as marcas do desgosto,
Vazio de vida entrega-se, meu corpo,
Exangue, já quase um moribundo...

Meus pés tropeçam em pedras e palavras,
Afundam na lama, de fúteis sentimentos,
Transmutam sonhos, em horríveis pesadelos,
Que me acompanham, nas frias madrugadas...

Recolho galhos, sem rosas, só com espinhos,
Rasgam-me as mãos, a dor é desumana,
Agonizante, fustigo minh´alma profana,
E impiedosa, não lhe ouço os gemidos...

Tomo do fel, que me queima as entranhas,
Em delírio, grito, coisas loucas e insanas,
De minha boca escorrem, gotas amargas...
De puro sangue...  Suor...  E lágrimas...

     Lani ( Zilani Celia)





quarta-feira, 7 de outubro de 2015

EXORCIZANDO!


                                                                                           Imagem-Christian Schloe
Rasga a roupa, joga longe os sapatos,
Tira a presilha dos longos cabelos,
Levanta as mãos como que, a suplicar,
Por um perdão, que não sabe, onde encontrar...

Corre pr’a rua, quer fugir de si mesma,
Uma luz no escuro, lhe mostra o caminho, acesa,
Entra sem medo, na mata verde, cerrada,
Que misteriosa, a envolve e abraça...

Os pássaros, com flores, cobrem-lhe a nudez,
A fada do lago sorri, ante sua timidez,
A árvore como mãe, a acolhe em seu regaço,
Ela suspira e lentamente, rende-se ao cansaço...

Um raio de sol surge, vem aquecer seu rosto,
Sorri, não tem mais tristeza e nenhum desgosto,
Não há mais nada, que precise exorcizar,
Nesta noite conseguiu...  A si mesma, resgatar...


   Lani ( Zilani Celia)

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

A LOUCA DO PARQUE!

 A cada gota que cai, a tarde fica mais fria,
Meu coração chora, sofre em agonia,
Olho para o céu e peço que me atinja, um raio,
Enquanto corro descalça, tropeço e caio...

Levanto, dou vazão ao meu sofrimento,
O sangue surge, a água lava, por um momento,
Logo, volta a jorrar desenfreado, 
Meu corpo ferido dói, ah, pobre coitado...

Após tantas quedas, minha roupa está suja, rasgada,
A chuva aumenta, pessoas passam, nem sou notada,
Grito teu nome e aos quatro ventos, minha desdita,
Embora saiba, que por ti...  Não serei ouvida...

Hoje, quero chorar sozinha, á vontade,
Deixar, correrem as lágrimas, ter de mim piedade,
Sentir toda a tristeza, que minh’alma invade,
E, ser apenas... A louca, molhada, do parque...

       Lani  (Zilani Celia)






sexta-feira, 11 de setembro de 2015

FEITIÇO DA LUA!


Cálida é a brisa quando a pele toca,
O corpo todo em transe se arrepia,
Sensação de banho, doce fragrância,
 Água abundante, corrente e fria...

Figuras etéreas, nuas ao luar,
Vivendo a magia, que a noite trás,
Frementes suspiros, suave calor,
Nas faces coradas, um leve rubor...

A mata, também virgem, exala leve perfume,
Faz no chão um tapete, com infinidade de flores,
Orquestra os pássaros, para, em uníssono cantar,
E manda cada estrela, com mais intensidade brilhar...

Comungam juntos, deste momento encantado,
Despertam para a vida e para o amor, consumado,
Ela menina, mergulha, em entrega profunda,
E, com ele, se faz mulher...  Sob o feitiço da lua...


         Lani (Zilan Celia)

sábado, 29 de agosto de 2015

DESESPERANÇA !

 Resignadamente, caminho ao encontro,
Do que a vida ainda queira me dar,
Nada mais peço, nem nada pergunto,
Apenas sigo, sem saber o que vou encontrar...

Já desfilei em grandes passarelas,
Corri sem medo, em sujas vielas,
Voei em grandes sonhos, bem alto,
Mas, também tropecei e caí no asfalto...

Levantei tantas vezes, não aprendi,
Que, cada queda é p’ra lembrar, eu esqueci,
Cobri meus olhos, com a venda da ilusão,
Sem ouvir, o que sussurrava meu aflito, coração...

Agora, preciso que me levantem ao cair,
Sozinho, enfraquecido, não sei para onde ir,
Estendo as mãos para um mundo, que já não é meu,
Passou tão rápido, foi embora...  E de mim esqueceu...

   
  Lani ( Zilani Celia)




sexta-feira, 14 de agosto de 2015

FIDELIDADE !


Sinto-me paralisado, estou triste o frio é tão forte,
Que enregela o corpo e deixa minh´alma descrente,
Te amei por uma vida inteira, sinceramente,
Não entendo, porque não estás aqui, como sempre...

Partiste ontem, vi quando entraste no carro,
Era noite, corri atrás, mas, me perdi no escuro,
Uivei o mais que pude, não deste ouvidos ao meu chamado,
Chorei amigo, não entendi ires embora, teres me deixado...

Não me importa se minha vida se esvai pouco a pouco,
A neve cai, permaneço aqui, tratam-me como louco,
Sei, que se eu sair e voltares, não vais me encontrar,
Estou tão sozinho, tenho medo, venha me buscar...

Meus olhos estão pesados, já quase não me movo,
Estou confuso, brinco contigo, sinto-me feliz de novo,
Lambo tua mão, sinto teu cheiro, há! Como te amo...
Não sei viver sem ti, não me abandone... Meu dono...



    Lani ( Zilani Celia )

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

A ENCHENTE !


  
A natureza reage, em franca revolta,
Empurra pessoas, arrebenta a parede, abre a porta,
Incita o rio, a despejar-se e a correr solto,
E ele, em devaneio a obedece e se lança como louco...

Inunda tudo, não perdoa, nem a criança,
Que vê, seu brinquedo arrastado, pela água, atônita,
Abraça a mãe, que chora desesperada,
Por sua vida, que está pela chuva, sendo levada...

Não podem voltar, a casa está alagada,
O que já foi um lar, é só escombros, mais nada,
Só querem um dique, para a água ser represada,
Mas, ele jaz morto, numa suja papelada...

Vem o sol, todos vão esquecer,
Menos ele, que sabe, vai voltar a chover,
O pai da menina triste, com olhos secos, azuis,
Terá de nadar na lama, de sua casa, de sua rua e de seu país...


    

          Texto com o qual me solidarizo, com as famílias gaúchas que foram atingidas pelas últimas chuvas e que, ano após ano perdem tudo e mesmo assim recomeçam, na esperança de um dia serem olhadas e tratadas com a dignidade que merecem.


             Lani (Zilani Celia)





sexta-feira, 24 de julho de 2015

ENTRADA PROIBIDA!

 
Vens, desfazes a cama e deitas, basta que queiras,
Sem nenhuma pergunta, com mentiras perfeitas,
A tomas como dono e ela, em silêncio se entrega,
Como o faz a flor, ao ser da haste arrancada...

Cada lágrima que rola, transforma-se em pedra,
Afoito, nem percebes, que baixinho ela diz, - chega,
No cenário do quarto, a vês na cama, perfeita,
E, teu olhar de felino, pela caça, se inflama...

Na penumbra, da noite, teu corpo suado, brilha,
Fremente a amas e ela, como sempre te aceita,
Seu rosto angelical é agora, uma máscara, desfigurada,
E, enquanto te vestes ela espera, parada, feito estátua...

Novamente, irás embora, retomarás tua vida,
Com olhos tristes, acompanha tua saída,
Para ela, foi a última vez, a despedida,
Para ti, sua porta está fechada...  Tua entrada proibida...

      Lani (Zilani Celia)


terça-feira, 14 de julho de 2015

INVERNO DA ALMA!

O vento sopra mais forte, meu olhar entristece,
Revejo teu vulto, que numa nuvem, desaparece,
Novamente, gritei teu nome, inutilmente,
Te afastastes de mim, sem te voltares, rapidamente...

Silente, permaneci sozinha, naquele lugar,
Tendo apenas, sombras a me acompanhar,
Ali, que já fora, nosso ninho de amor,
É agora, apenas lembrança, sem nenhum calor...

Por todo o sempre, acalentei no peito tua saudade,
Em meu coração, inconsequente e sem idade,
Que foi fiel e latente, sem conseguir postergar,
O sofrimento, pois em nenhum momento, deixou de te amar...

O frio da tarde, me trás à mente, deste dia o desgosto,                                          
Caminho na mesma praça, sentindo na boca, o amargo gosto,
Da lágrima que corre e congela, em meu rosto cansado,
Se quebrando, como meus sonhos...  Endurecidos, lá no passado...


Lani      ( Zilani Celia) 

    Peço desculpas aos amigos que haviam comentado neste texto, pois hoje dia 14- 07, zerou tudo, está sem comentários embora muitos estiveram aqui, coisas da net.  Bjs

domingo, 28 de junho de 2015

SENDAS DO AMOR!


 Enquanto a lua ilumina, a noite escura,
Em teus braços me entrego, é finita a procura,
Minh´alma grita, a alegria é pura,
Nunca é tarde, se a esperança perdura...

O tempo sofrido passou, já, não mais importa,
A lágrima que rola, não é pela dor imposta,
A felicidade, enfim é real, não uma aposta,
E, o amor verdadeiro, bateu a minha porta...

É bom saber-me por alguém, assim amada,
Estar sempre, por teus braços, amparada,
Em teus olhos ler, uma mensagem de amor, sincera,
E rever, nossa história de amor, inteira, plena...

E, quando o tempo nos disser,- Passou, agora chega,
Cúmplices fomos, nossa entrega foi perfeita,
Sem medos, abriremos do novo caminho a cortina,
E, entraremos na senda...   Da nova vida, que se avizinha...

     Lani   ( zilani Celia


quarta-feira, 17 de junho de 2015

MOMENTO ABENÇOADO!


                                                                                      Pedro e Leonardo.

A força, do coração, que pulsa,
No corpo materno, redoma amorosa,
Bate vigoroso, se anuncia,
A vida o chama, forte, imperiosa...

A natureza, pródiga, fecunda,
Com cuidado, a semente, inviolada,
Que no ventre fértil, germina,
Cresce e se transmuta, em flor, tão delicada...

E o milagre é novamente anunciado,
O anjo entrega a mãe, o filho por ela gerado,
Sai de mansinho, louvando, o encontro sagrado,
De duas almas, unidas por “Deus”, neste momento abençoado...

                                                                             Lani     (Zilani Celia)

   Estamos “vovôs”, digo estamos, porque já o somos, de nosso amado Pedro, agora fomos abençoados novamente pela vinda do segundo neto o “Leonardo“ que “Deus“ queira, tenha saúde e felicidade em seu caminho porque muito amor o espera, de toda a família e de seus pais a Inaliz nossa filha e o Ricardo, genro.
  


quarta-feira, 10 de junho de 2015

TRAGÉDIA ANUNCIADA!


É noite, negra tensa,
Um estrondo, o silêncio rasga,
Acorda assustada, suando,
Ouve passos, perto, se arrastando...

O homem dorme ao seu lado, na cama,
O bebê, tranquilo, no berço ressona,
Ela sente a densidade do ar,
De tanto medo, não consegue respirar...

Agora não há barulho, tudo tão quieto,
Um pressentimento lhe aperta o peito,
Paralisada, vê a porta abrir-se, lentamente,
E, uma mão, com uma arma, ereta, fremente...

Pequeno e franzino é quase um menino,
Tem maldade no olhar, quer matar, ou morrer,
O estampido soa...  Agora, bem perto,
Há sangue no chão...  Quente... A escorrer...


       Lani  (Zilani Celia)

quinta-feira, 28 de maio de 2015

INDIFERENÇA !


Para que caminhes, estendo,
De meus sentimentos, o manto,
Nele pisas, e viras as costas,
E, resoluto, lentamente, te afastas...

Quando voltas, com flores, a cama eu cubro,
Para que repouses, teu corpo cansado,
Enquanto jogas, uma a uma ao chão,
As recolho e as seguro, junto ao coração...

Espalho estrelas em tuas noites,
Para iluminar teus olhos, indiferentes,
Finges dormir, os manténs cerrados,
Para eu não ver neles, meus anseios realizados...

A música lenta espalha-se no ar, me ponho a dançar,
Te deixas envolver, sinto teus braços a me enlaçar,
A magia acontece, ouço teu coração junto ao meu, pulsar,
Amanhece, e mais uma vez...  Só estava, contigo a sonhar...


     Lani (Zilani Celia)

sábado, 16 de maio de 2015

INCONFUNDÍVEL PERFUME !



  
Sacode a cabeça, tenta embaralhar o pensamento,
Arrancar da mente aquele tormento,
Embaçar a vista e por um momento,
Abrigar-se de tudo, no esquecimento...

Olha a cama vazia, ainda desfeita,
Ouve os acordes da música, antes perfeita,
A penumbra, que era desse amor o palco,
Agora, é apenas, seu refúgio no quarto...

De seus olhos, escorrem lágrimas quentes,
Que por seu rosto descem como serpentes,
O ferem, deixando nele, da dor, a marca,
Que o trazem de volta, a realidade que o mata...

A vê indo embora estremece, ao bater da porta,
Ainda soa em seus ouvidos, o próprio grito “volta”,
Ela não o ouve e na noite escura, some,
Deixando o rastro... De seu inconfundível, perfume...

      Lani ( Zilani Celia)


sexta-feira, 8 de maio de 2015

MÃE!

 Mãe, visão sublime, com teu filho ainda no ventre,
Nossos olhos brilham, ante tua figura, fremente,
Anjos te guiam, em nome do Senhor,
Pois, levas contigo, o fruto, do mais puro amor...

Mãe, visão sublime, com a criança em teu peito, aconchegada,
Teu semblante é suave, de uma santa num quadro emoldurada,
Quando o afagas, tuas mãos resplandecem de luz,
Nelas, a força Divina, que emana de Cristo... Jesus...

Mãe, visão sublime é, tua figura, quando o levas pela mão,
Tens um sorriso nos lábios e muito amor no coração,
A natureza ante ti se enternece e para te acalmar,
Cobre o chão com folhas, para, se ele cair, não se machucar...

Mãe, tua visão é sublime, teu pequenino cresceu,
Sabes que ele é do mundo, não te pertence, não é só teu,
Bendizes o privilégio, que a vida te concedeu,
De seres, o elo sagrado...  Entre, teu filho amado e... Deus...

         Lani (Zilani Celia)

     Para todas as mães minha homenagem, principalmente a minha filha querida,
Inaliz, que logo, será mamãe também.
     Abençoado dia, para todas nós.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

APENAS ILUSÃO !

 Deslizar a cada noite, na escuridão que assusta,
Estender a mão para o vazio,
Encontrar o nada em cada curva,
Estremecer ao sentir, do próprio corpo, o frio...

Que lhe gela a mente, degrada a alma,
Desviando os passos, da meta antes traçada,
Na palidez do rosto, estampada a mágoa,
E o imponderável, de uma mente desvairada...

Ter medo ao farfalhar da folha,
Não permitir que a natureza o acolha,
Descrente, não beber da água fresca,
Queimar-se ao sol, sem perceber a sombra...

Chorar sozinho a lágrima que queima,
Ter solidão, como única companheira,
Contar estrelas em noite enluarada,
E, procurar nas nuvens... A imagem da mulher amada...

    Lani ( Zilani Celia)




sábado, 11 de abril de 2015

ABDICAÇÃO !


Vejo-me ali, pela fresta da porta,
Sou eu, nua e crua, quase morta,
Rolam as lágrimas, mas, não me importa,
Ser pelo mundo, friamente julgada...

Cerro os punhos, ferindo com as unhas, as mãos,
Parada, sem defesa, sem reação,
Todos os dedos em riste, em minha direção,
Bato no peito e digo, - Pequei, mas, nunca por omissão...

Não permito que fechem a porta,
Quero ver-me, curvada, entregue, exposta,
Se tudo para mim, hora se acaba,
Descerei com dignidade os degraus de minha escada...

E, ao chegar ao último, ao derradeiro,
Quero que vejam uma a uma, as rugas de meu rosto,
E o esgar que entreabrir meus lábios, puro escárnio,
Seja, a irônica gargalhada...  De quem, pela vida toda,
Teve o riso... Aprisionado na garganta...


      Lani  ( Zilani Celia)

quinta-feira, 26 de março de 2015

GRITOS DA NATUREZA!



As águas rasas se retraem, envergonhadas,
Pelas atitudes do homem, arrasadas,
Ele, que já foi um rio forte e caudaloso,
Hoje perece, assoreado, morrendo de desgosto...

Suas margens, antes frescas, verdes e vibrantes,
Parecem agora, desertos escaldantes,
Onde a terra que já foi fértil se quebra, ressentida,
Sentindo a dor da flor, que fenece, e agoniza...

E, na clareira que se abre, após a derrubada,
Tem o homem, sua sentença de morte, assinada,
Ao matar o rio e a árvore, mata também o próprio filho,
Irá arrepender-se, até seu último suspiro...

A natureza tingirá o céu de negro, pela tempestade,
Para mostrar-te sua fúria e o quanto, para ti já será tarde,
O raio, como um chicote, cortará a noite com seu clarão,
Quer arrancar-te do peito, também sem pena... Teu duro coração...


    Lani            (Zilani Celia)

quinta-feira, 19 de março de 2015

QUERIDOS AMIGOS!

     Depois de quase um mês fora da net, volto, ainda com restrição.
    Estou com uma contratura muscular, o que falando assim, não
parece nada, mas, as dores são intensas e constantes, o que tirou-me
completamente as condições de estar sentada frente ao computador
e, por imposição médica, me mantenho, embora a contragosto, afastada.
     Espero, logo poder estar de volta.
     Minhas saudades a todos os amigos e amigas.

     Bjs no coração.

                        Zilani Celia     

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

BONS VENTOS !


 Gosto de sentir na pele, teu toque quente,
Ver a relva tremer, languidamente,
Admirar a folha, com seu bailado,
Respingar em mim, a água do lago...

O voo do passarinho a me encantar,
A areia subindo, perder-se no ar,
O galho mudar de lado, polidamente,
A flor da noite abrir-se, magicamente...

Ver-te do homem, tirar o chapéu,
Derrubar a colmeia, espalhar o mel,
Empurrar o bolo, que a mãe pousou na janela,
Levantar a saia, da moça, que se envergonha...

Vento, que trazes contigo, uma mensagem singela,
Dizendo-me, o quanto a vida pode ser bela,
Deixas comigo, o amor e a ventura,
Me beijas e vais embora... És livre... Nada te segura...

         Lani       (Zilani Celia)


sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

DOR DE AMOR...


  
Para resguardar-te do sofrimento,
Não ouvirás dela, nenhum lamento,
Mostrará alegria, quando estiver contigo,
Mas, os olhos, revelarão a dor que está sentindo...

Sofre, só em pensar em perder-te,
A noite a apavora, se estás ausente,
Chora, por tua gélida indiferença,
A vida fica sem cor e nela se apequena...

Não entende quereres partir, ir embora,
Não quer ouvir-te dizer, que chegou tua hora,
Que tens de deixá-la, para singrar outros mares,
Precisares ser livre, navegar, por outros lugares...

Sabe que ao chegar à noite, sentir-se-á morrer de saudades,
Olhará para o céu e numa estrela imaginará estares,
Pensará em ti, mas, pedirá a Deus um milagre,
Para não mais sofrer e enfim... Do peito...  Poder, arrancar-te...

       Lani                              (Zilani Celia)



sábado, 24 de janeiro de 2015

MINHA MENINA...


Inibes o sol, quando frente a ele te postas,
Ao ver teu fulgor, envergonhado, vira de costas,
Doura teu corpo, sucumbe ante tua beleza,
Só para estar contigo, aquece toda a natureza...

Ofuscas a lua, pois, esplendorosa apareces,
Arrumada, cheirosa, quando para a noite te vestes,
Ela sabe que és, mais bela que ela,
Espia e enciumada, fecha do céu a janela...

A estrela brilha mais, ao encontrar teu olhar,
Sorri, pois em teus ternos sonhos, sabe estar,
Lembra, que contigo brincou, um belo dia,
Emocionada, vê-se, gravada em tua retina...

O amor te envolve e amorosa, o irradias,
O senti ao te segurar no colo, tão pequenina,
Com teu carinho sou agraciada todos os dias,      
Razão do meu viver...  Minha filha...
Minha sempre, menina...

     Lani      (Zilani  Celia)


     Pelo aniversário de minha filha “Inaliz”, um pouquinho do tudo que ela representa para mim e toda nossa família.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

VOOS DA ALMA...


 No turbilhão da noite, a vida me sequestra,
Me leva ao encontro da mais linda festa,
Diz que sou jovem, preciso cantar e dançar,
Enfeita meus cabelos, com estrelas a brilhar...

O tempo me convida e vou com ele passear,
A alegria afoita, não quer mais esperar,
No coração, lindos sonhos, para sonhar,
Não tem como, não ouvir, o amor a me chamar...

A estrada está aberta, para eu ir em frente,
Sou livre para continuar, nada me prende,
São tantos os caminhos, que posso escolher,
Mesmo que escureça, na selva, não irei me perder...

Quando uma alta montanha, surgir em minha frente,
Ousarei transpô-la, não ficarei ali para sempre,
Haverá uma mão amiga, para a minha segurar,
Será um anjo e me levará...  Para novos voos alçar...

             Lani                    (Zilani Celia)