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Recanto das letras

domingo, 20 de dezembro de 2020

A MAGIA DO NATAL!


Família reunida, sentimentos latentes,

Olho para a árvore, com bolinhas brilhantes,

As crianças brincam, eufóricas, inocentes,

Esperam pelo Papai Noel e os sonhados presentes...

 

Viajo no tempo, por alguns instantes,

Penso, em meus filhos pequenos, sinto saudades,

Uma onda sublime, minh’alma, invade,

Suspiro profundamente e volto à realidade...

 

Observo de longe como se os visse do alto,

Já são adultos, o momento, é mágico,

Abraçam-se com carinho, está neles, arraigado,

O amor, que em seus corações, foi plantado...

 

Uma lágrima quer, de meus olhos, saltar,

Não a posso conter e a deixo rolar,

Disfarço ao vê-lo, de mim se aproximar,

- Vem vovó!   Vem comigo brincar...

 

Pela mão me arrasta, ao outro lado da sala,

Chama o vovô, que para os filhos, também olhava,

Percebo seus olhos, como os meus, marejados,

Estávamos os dois, pelo mesmo motivo...  Emocionados...

 

 

         Lani (Zilani Celia)


                     Aos amigos desejo, um Natal abençoado com muita paz

 e saúde extensivo aos familiares.

                    Bjs 

 


 

terça-feira, 27 de outubro de 2020

CONSTRUÇÃO!

Constrói-se a vida, com profunda esperança,
De conservar no peito, a doçura da criança,
Fazer a nossa volta, alguma diferença,
Sem jamais perdermos, no amor, a crença...
 
Castelos erigimos, abrigando, nossos sonhos,
Os protegemos e para sempre, os guardamos,
Em pedras preciosas, joias esculpidas,
Com cujo brilho, iluminamos nossas vidas...
 
No caminho, pedaços de nós, deixamos,
São apenas cacos, de grandes desenganos,
Se os juntarmos, em nossas mentes os colaremos,
Passado inútil, que nem lembrar, queremos...
 
Assim, ao rasparmos, no final da longa estrada,
Dos rostos contraídos, a pele enrugada,
Nos restará, a essência de nossas almas, aquecidas,
Que resistiram a temporais, na calma, esquecidas,
De tantas árduas e longas... Despedidas...
 
 
            Lani (Zilani Celia)


terça-feira, 22 de setembro de 2020


     Queridos amigos, venho hoje deixar uma pequena explicação para que saibam o motivo de me haver ausentado dos blogs.

     Temos uma cachorrinha que se chama Kandy, tem 16 anos e esteve muito doente, inclusive tivemos de hospitalizá-la por vários dias. Começou com convulsões, chegando a ter 5 no mesmo dia. O vet, achou por bem, interná-la

O que resultou em sua melhora. Ao voltar para casa estava muito debilitada, precisando de muitas medicações, uso de fraldas e alimentação por seringas.

     Foi-nos sugerido a eutanásia, no momento de maior gravidade mas, resolvemos lutar por ela e valeu muito a pena, ela está muito bem, retomando sua vidinha independente como sempre foi, Graças a Deus.

Um grande beijo a todos.


segunda-feira, 20 de julho de 2020

PARABÉNS TIAGO!

Parabéns Tiago, um grande beijo pela passagem de teu aniversário. 
teu pai Luiz Rossatto, tua irmã Inaliz Rossatto e Alessandro Rossatto,
teus sobrinhos Pedro, Leonardo, Benjamin e teu filho Noah, te desejam.
MUITAS FELICIDADES!!!!!!!

       
Uma lacuna tão grande se faz,
Preenche-la não posso, sou incapaz,
Se a saudade que me arde no peito,
Dói tanto, que quase não a aguento...

É quando, nas entrelinhas da vida leio,
Que incompleto ou dividido ao meio,
Não é amor é qualquer sentimento,
Inconstante, como o é, o vento...

Pois, se real e verdadeiro,
É feito de renúncias, doação por inteiro,
Para que, no momento certo, saibamos entender,
Que não nos pertence, é livre este ser...

E, depois de tantos beijos e abraços,
Mesmo partindo, não romperá nossos laços,
E eu possa, entre lágrimas, dizer- Sorte tive eu...
- És o filho que Deus me prometeu...


          Lani ( Zilani Celia)

quinta-feira, 11 de junho de 2020

ADVENTO DA LUA!


Brilhante surge, prateando a estrada,
Sente-se pela noite, ameaçada,
Percebe o homem, em suspeita, caminhada,
Que com passo firme, sulca a terra molhada...

O segue ciente, que seu tempo já se esgota,
Que todos a vejam, nem se importa,
Pela vidraça quebrada, espia indiscreta,
Esgueira-se pelo vão, da porta entreaberta...

Sorri à visão, dos amantes na cama,
Com eles deita, com a energia se inflama,
Aspira o odor, que dos corpos emana,
Seca-lhes o suor, em silêncio, profana...

A lua exaltada, compartilha o momento,
Na boca, sente o gosto do amor, advento,
Abre a janela, do invadido aposento,
E sai como entrou... Sem nenhum, constrangimento...

        Lani (Zilani Celia)

quarta-feira, 29 de abril de 2020

QUARENTENA ( III )!


Destranco a porta, relutante a empurro,
Ponho os pés na calçada, num pulo,
É noite, recebo a brisa em cheio, no rosto.
Respiro fundo, saboreando, seu cheiro e gosto...

Encantada e livre sigo andando,
O lago está limpo, não o estou reconhecendo,
Os bancos da praça, agora, são todos brancos,
Há flores, há frutos, lindos patinhos e gansos...

Continuo, subindo a rua onde moro,
Alguém se aproxima, vestido de branco,
Tem no peito um crachá, uma máscara no rosto,
Rápido some na porta, do hospital ali perto...

Penso, só quero ir e vir, tenho esse direito,
Estou tão feliz, curtindo o momento,
Vejo um homem no chão, deitado ao relento,
Ao seu lado uma placa, ”fique em casa”, dizendo...

Ainda no escuro, de meu sonho, fui acordando,
Sentindo, a energia do mundo, se refazendo,
Sei, que o monstro lá fora, vai acabar morrendo,
Me abraço tranquila, novamente... Adormecendo...
        

 Lani (Zilani Celia)

sábado, 4 de abril de 2020

QUARENTENA! (II)


Pela janela, espreito a rua deserta,
É minha triste moldura, mesmo aberta,
Há vida e sol, correndo lá fora,
Estou aqui presa, sem tempo ou hora...

Em minhas mãos, aperto a chave, da porta,
Basta-me um passo, para transpô-la,
Meu espírito, livre me incita,
-Venha, vamos embora, acredita...

-Não há para onde ir, eu retruco,
Há um inimigo lá fora, oculto,
Sem pena, põe o mundo, moribundo,
Traiçoeiro nem diz, de onde, é oriundo...

Fecho lentamente, minha cortina,
Uma lágrima surge, fugaz, repentina,
Na mente a imagem, da minha menina,
Sinto-me frágil, só, pequenina...

O telefone toca, nele ouço a voz, tão amada,
É minha filha, por um vírus, de mim afastada,
Do outro lado da linha, como eu, ela  chora,
E meu abraço carente... O dela implora...


        LANI (Zilani Celia)



terça-feira, 24 de março de 2020

MONSTRO MICROSCÓPICO!


Dobra os joelhos, o rei tomba, foi atingido,
Depõe as armas e sua coroa de ouro, não de espinho,
Tenta ver o inimigo, que o derrotou,
Seus olhos o traem, ou já se foi, passou...

Só, quando vê seus súditos, também caídos,
Percebe que o mal, está ali, foram por ele, atingidos,
Não vertem sangue, é chaga interna, letal,
Tem de levantar-se e lutar, vencer esse mal...

É soberano, tem tantos bens, tem muita riqueza,
Mas, a quem pagar, pr’a resgatar sua grandeza,
Se não vê o inimigo, que seu reino assola,
Impotente, levanta as mãos aos céus e chora...

Pensei que era o mais forte, o mais poderoso,
Me prostro agora, ante minha arrogância e meu povo,
Vosso perdão, por minha impotência, hoje almejo,
-Sucumbo ante um monstro... E nem sequer... O vejo...

                    Lani (Zilani Celia)

sábado, 22 de fevereiro de 2020

UM ANJO NA CHUVA!


É noite, o asfalto brilha,
Pela chuva, todo molhado,
Há pessoas a minha volta,
Mas ninguém, realmente, a meu lado...

Resignada com minha solidão,
Com o enorme vazio, de meu coração,
Sinto meu peito, por forte dor, rasgado,
E meu corpo, pela tristeza, minado...

Permaneço ali, sem saber para onde ir,
Na verdade, é de mim mesma, que quero fugir,
Meus pés gelados, estão colados ao chão,
Volto á vida, sacudida, por um forte encontrão...

As luzes do semáforo ofuscam-me, a visão,
Alguém me ampara, segura minha mão,
Só agora o vejo, esteve ali, o tempo todo,
Como um anjo, me amparando...
E meu rosto... Acariciando...

   Lani (Zilani Celia)

domingo, 26 de janeiro de 2020

O FUTURO NO ESPELHO!



É nele, que todas as dores do mundo, vejo,
Cerro os olhos, não quero ver, tenho medo,
Sua frieza me atinge e nem o toco,
Está tudo ali, cada imagem em foco...

A água do rio sumiu, sob o plástico colorido,
Sufocado sucumbe, sem um gemido,
Quem dele sobrevivia, arregala os olhos, aflito,
Triste, vendo tudo a sua volta, destruído...

As matas ardem, o verde em extinção,
O sol some, atrás de nuvens, de poluição,
Animais morrendo, famintos, andarilhos,
Uma terra ferida, herdarão, nossos filhos...

Eis o caos, que o homem moderno criou,
A natureza lhe cobrará todo o mal, que causou,
E o mais louco dos loucos é aquele que viu...
Alienado, sorriu... Virou-se e apenas, seguiu...

              Lani (Zilani Celia)