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Recanto das letras

segunda-feira, 24 de junho de 2013

PÁTRIA AMADA... BRASIL...




O gigante não dormia em berço esplêndido,
Protestava de costas, sentia-se desanimado,
Vendo o desleixo dos filhos descuidados,
Imóveis, inertes, frente aos sonhos desacreditados...

Mas o pai, que observava preocupado, sentiu,
Que algo errado estava e triste se perguntava,
Se todos são meus filhos, a quem esse saiu,
Não respeita o irmão e nem sequer a “Pátria amada”?...

Ao levantar-se o gigante, o mundo emocionou,
Foi para a rua e com flores nas mãos o hino cantou,
Marchou, ajoelhou-se quando precisou,
Por educação, saúde, contra a Pec. 37... Gritou...

Foi rechaçado, pelo irmão que estava armado e fardado,
Mas não parou, ou pensariam que ele estava errado,
E assim, empunhando a bandeira, verde, amarela e anil,
É guerreiro, lutando pelos direitos, do amado pai... BRASIL...


          Lani

terça-feira, 18 de junho de 2013

JANELA DO PASSADO...




  Tarde fria, cai a chuva lentamente,
 Descerro a cortina do pensamento, suavemente,
 Olho pela janela e vejo no vidro se formarem figuras,
 De bailarinas, que dançam, envoltas em brumas...

 Meu coração triste, confrangido se encolhe,
 Com os punhos cerrados, bate forte em meu peito,
 Corre para um canto, acabrunhado se esconde,
 Não quer mais sofrer, diz ter este direito...

 Meus olhos permanecem cerrados, choram,
 Tento abri-los não querem ver, se negam,
 Minhas pernas continuam paralisadas,
 Não se afastam, estão às lembranças algemadas...

 Mas minh’alma, ah, esta inconsequente, traiçoeira,
 Salta na chuva e vai, em busca da imagem derradeira,
 E através da vidraça, por meu choro, embaçada,
 Mostra-nos, felizes... Abraçados... Na calçada molhada...

         Lani

terça-feira, 11 de junho de 2013

CORRENTE IMAGINÁRIA...




A corrente que nos prende...
Foi forjada a ferro, em brasas, latentes,
Enlaçando elo por elo, consequentemente,
Prendendo-nos, neste amor sem precedentes...

A corrente que nos prende...
A chave, a jogamos fora, para sempre,
Presos um ao outro, em tempo, fremente,
Para deixamos o amor fluir, eternamente...

A corrente que nos prende...
Só é visível a quem ama verdadeiramente,
Une almas e corpos desenfreadamente,
Num encaixe perfeito, ardentemente...

A corrente que nos prende...
Em nossa cama, solta-se, milagrosamente,
Nos entregamos ao amor, livremente,
Ah! A corrente, invisível... Que nos prende...

terça-feira, 4 de junho de 2013

O ARQUEIRO DA VIDA...


 Segurou o arco, com todas as suas forças e o retesou,
Sentiu a vibração da corda entregue, que se esticou,
Lançou a flecha, num rápido e certeiro movimento,
Ela subiu, vertiginosamente, rumo ao firmamento...

Ele maravilhado, de seu feito, perfeito, se vangloriava,
A flecha sumiu no horizonte da vida, ovacionada,
Para logo depois iniciar a caída, vertiginosa,
Ela descia e ele agora maduro, se preocupava ...

Quando a lançou, não pensou em sua célere volta,
Queria ser o guerreiro, que ganhara da vida, a aposta,
Garboso se orgulhava de sua grande façanha,
Vencedor, olhando o mundo de sobre uma montanha...

Quando viu a flecha, com suas cores, pois a lançou,
Manchada, do sangue da pequena vítima que alcançou,
Pela primeira vez triste, sua vitória não cantou,
O arqueiro se prostrou e desta vez... Sentido chorou...

     Lani