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Recanto das letras

quinta-feira, 31 de março de 2016

NÃO TE DEMORES!

  
Não te demores, se vais mesmo partir,
Não olhe para trás, tranque a porta ao sair,
Para mim, nosso quarto, será qual uma tumba,
Triste, sem luz, envolto na penumbra...

Não vou mais pedir, para ficares,
Nem chorar, quando enfim daqui te fores,
Serei para ti, apenas uma recordação,
Mesmo que leves contigo, meu sofrido coração...

Te dou adeus, com a alma dilacerada,
Sabendo que de mim, não resta, nada,
Como sonâmbula viverei a cada dia,
Vá embora! Ponha fim nesta agonia...

Se vais mesmo partir, não te demores,
Vou estar de pé, quando, de mim, te despedires,
Mesmo que precise estar, acorrentada ao chão,
Para não correr atrás de ti, pegar-te a mão,
E por nada... Pedir-te... Perdão...

      Lani  ( Zilani Celia)


segunda-feira, 21 de março de 2016

PARA TI, LEONARDO!

Toda a vez que te olho menino,
Entregue ao sono, tranquilo,
Tua respiração, leve, ritmada,
Parece-me música, lentamente tocada...

Tua boca se contrai num sorriso,
Na certa sonhas com algo mui lindo,
A mãozinha pequena embala-se no ar,
Inocente, tentas estrelas alcançar...

Acaricio teu lindo rostinho,
É suave, como penas de um passarinho,
Ouço vozes de anjos, cantando teu nome,
Enquanto emana de ti, delicado perfume...

A magnitude deste momento,
Faz meu coração bater cuidadoso, mais lento,
Pois, ver-te Leonardo, no berço dormindo,
Transcende ao mundo... É visão do paraíso...

       Para homenagear a inocência e o quanto de ternura alcança meu coração, a visão de um bebê entregue ao sono, quanto mais, tratando-se do Leonardo, nosso querido netinho mais novo.
  

     Lani ( Zilani Celia)

domingo, 6 de março de 2016

ANTAGÔNICOS SENTIMENTOS!

  Eu me encanto com a beleza da flor,
Vibro, ante a sutileza de sua cor,
Delicadamente tento tocá-la,
Ela frágil, em minhas mãos se despetala...

Cai a chuva, líquido etéreo, em meu corpo,
Abro a boca, tento sentir seu gosto,
Ela queima, não é mais a água benta e sagrada,
Que a alma de todos, antes, lavava...

Eu vejo o sol forte, que no alto brilha,
É lindo, mas, não mais, uma maravilha,
Quando jovem, sob ele me aquecia,
Agora, fujo dos raios, da armadilha...

Me emociono ante o mar e o poder de suas ondas,
Barcos lotados, trazendo a bordo crianças,
Os coletes, não salvam vidas, jazem inertes nas praias,
E elas não sentirão nos pés, o calor das areias...

Me refugio no alto de uma montanha,
Olho meu mundo, que lá embaixo desmorona,
Meus olhos ardem, é a lágrima que teima,
E um pedido de perdão...  No céu, se desenha...


            Lani (Zilani Celia)