É do pai que na janela espera, o filho que para a balada foi, coração angustiado, peito apertado, e ela brilhando, na noite que lentamente se esvai.
É da mãe, cuja filha disse, uma amiga ir visitar, e ela na sacada, quase que grudada, a esperar e a pensar, “se ela chegar corro e vou me deitar”, e a lua, as vezes escondida, fica lá, a noite inteirinha, para a mãe poder confortar
Da mulher, que espera o companheiro, que como sempre foi trabalhar, é vigia, médico, enfermeiro ou bombeiro, é na noite seu labutar, e ela que o espera ansiosa, só tem a lua para conversar.
Também é da jovem perdida, que nada mais tem na vida, ninguém para voltar, faz da lua confidente, até quando range os dentes, por ter que mais um acompanhar.
É do menino coitado, viciado com fome, cuja vida é um tormento, falta tudo, carinho, amor, alimento, não sabe onde buscar, tem na lua sua única amiga, que ilumina o bueiro aonde vai se deitar.
Ela é da tragédia e da alegria, é também da magia de quem dançou a noite inteira, numa praia ao luar, da onda batendo na areia, do casal com a roupa molhada, e ela no céu prateada, cúmplice, encantada a brilhar, é pródiga, com muita história para contar, é do abraço do amigo, dos beijos consentidos, e também dos roubados, só provando que realmente, a lua é, dos namorados...
Lani
Oi Lani,
ResponderExcluirNesta prosa poética tão bem desccrita por ti, a lua naturalmente está se sentindo endeusada diante de tanta acoisa bonita.
Parabéns.
Com carinho
não tenho palavras para descrever o quanto achei lindas tuas palavras.
ResponderExcluirmuito bom.
elaine
Perfeito, lindo! Tenha uma semana recheada de poesias, beijos carinhosos
ResponderExcluirDEMAIS!
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