Mais
uma noite fria e a cena se repetia,
O
xale nos ombros, no rosto, agonia,
Acreditando,
que hoje, enfim fugiria,
Desta
vida, que não mais queria...
Os
neons, o asfalto, iluminavam,
Seus
pés trôpegos, neles pisavam,
A
chuva que corria, as sarjetas, inundava,
E
ela, mesmo assim, sozinha continuava...
Ia
até o cais, de onde ele partira,
Foi
lá, que pela última vez, o vira,
Num
navio, que em sua mente, soçobrava,
E
sumia, toda vez, que dali se aproximava...
Sentia
o furor do vento, que sua pele feria,
A
cabeça rodopiava, sua fonte doía,
O
mar agitado, nas pedras, furioso batia,
Ela
o chamava, volte! Lhe pedia...
A
beira do abismo, no escuro, se equilibrava,
Ouviu
a voz dele, que de longe gritava,
-Não
dê mais, nenhum, passo á frente...
-Vire-se
e vá embora... Daqui, para sempre...
Lani (Zilani Celia)
Grandes versos onde o desespero é construído passa a passo...um conto em versos.
ResponderExcluirmagnífico!
Um abraço
Nossa, quanta agonia, Lani, e a foto casou muito bem!! Você conseguiu me arrepiar e estou fugindo... Se conseguiu passar esse drama é porque foi tudo muito bem construído!
ResponderExcluirBeijo!! Uma boa semana.
Cara Celia, sono passato per lasciarti un caro saluto.
ResponderExcluirCiao e buona giornata con un forte abbraccio e un sorriso:-)
Tomaso
Versi intensi che mettono i brividi.
ResponderExcluirSimpaticissimo Leonardo 😊
Felice giornata, un abbraccio
enrico
Muito intenso. Doloroso. Ainda assim, fica uma réstia de esperança no final. Amiga, esperando que não leve a mal, no segundo verso, da quarta quadra, há uma gralha. Se puder reveja.
ResponderExcluirUm abraço
Amiga Elvira, já conversamos a respeito e não há "gralha" em meu texto, apenas uma diferença em nossos idiomas.
ExcluirNão quis excluir teu comentário como me solicitaste pois preso muito tuas visitas e não vi motivo para fazê-lo.
Um grande abraço.
Profundo, lindo, INTENSO! beijos, tudo de bom,chica
ResponderExcluirSublime forma der utilizar as palavras!
ResponderExcluirMuitos parabéns.
Olhar d'Ouro - bLoG
Olhar d'Ouro - fAcEbOOk
Poema lindo demais!!AMEI!
ResponderExcluirBeijos e um excelente dia!
Há um desespero emocional nos versos que nos prendem na leitura de mais um tocante poema seu!
ResponderExcluirAbraço.
Oi Zilani! Naveguei nestes passos, lindo poema, é quase um conto de tão realista, amei!
ResponderExcluirAbraço!
Triste poetar amiga Zilani!
ResponderExcluirToca-nos profundamente.
Bjs-Carmen Lúcia.
Belíssimos versos.
ResponderExcluirBjs
Alucinação perigosa...
ResponderExcluirBoa continuação de semana.
Olá Zilani!
ResponderExcluirÉ triste mas belo este seu poema. A dor brota de cada verso. Gostei muito!
Também gostei do seu comentário no meu "roldeleituras". Obrigada!
Beijo e resto de boa semana.
(Não leve a mal, amiga, mas pegando no comentário da Elvira, diga-me, em português do Brasil fronte (de cabeça) se diz fonte? Aqui, em Portugal fonte é o mesmo que chafariz, fontanário, algo de onde brota água. A mesma língua e tantas diferenças...)
Sim, querida Teresa, querem dizer a mesma coisa sendo que "fonte" também pode se referir a uma nascente de água. Bjs
ExcluirDeliciei-me com este excelente poema. Obrigada :))
ResponderExcluirBjos
Votos de uma óptima Quinta - Feira.
Uma das sequelas que o amor deixa... desespero...
ResponderExcluirO legal de te ler é que vamos imaginando a cena e conseguimos sentir um pouco da dor do personagem. Gosto da combinação que faz com a imagem.
Obrigada pelo carinho com meu Projeto. Vou prosseguindo, sei que devagar e acreditando, posso fazer a diferença em algumas vidas.
Abraços esmagadores e dias felizes.
Olá, Lani, sempre achei muito triste toda a forma de despedida, mas dentre elas a despedida mais triste é a feita no cais, com o navio a sumir no horizonte.
ResponderExcluirUm bom final de semana
Grande abraço.
Pedro
Lograste conjugar a la perfección imagen y texto, me gusto mucho.
ResponderExcluirSaludos.
Oi Zilani. Poesia e´assim mesmo.... Nascem onde brotam alegrias , ou tristezas. Belíssimo como sempre, apesar de melancólica inspiração. Feliz semana. Grande beijo.
ResponderExcluirPoema intenso, profundo. Instiga-nos a chegar logo ao final, temendo uma tragefia maior. Comovente. Abraços.
ResponderExcluirUm poema de uma profunda melancolia. Muito belo!
ResponderExcluirUma boa semana.
Um beijo.
Boa tarde, Zilani,
ResponderExcluirmuito triste esta despedida, a imagem nos mostra sofrimento.
O abismo a puxando para baixo, o bom é que ele gritava para que não continuasse,
pois à sua frente estava o abismo. Ou quem sabe a sua alma estivesse sofrendo muito. Mesmo assim, senti medo por ela. Beijos.
Olá Zilani! Belo e profundo o teu poema. Quem sabe, um dia, o reencontro?
ResponderExcluirAbraços,
Furtado
Lúdico e profundamente sentido, Zilani. Mais um belo post, amiga! Boa semana.
ResponderExcluirÉ lindo! E é para mim muito vivido! Quando há 50 anos (fá-los no dia 29 deste mês) vi o meu Marido partir para a guerra (a chamada guerra do Ultramar) e senti todas aquelas emoções. Graças a Deus voltou!!! Mas se agora pudesse senti-las novamente...
ResponderExcluirUm poema muito belo... sobre um amor sofrido... desaparecido... mas que ainda assim... através do coração, e da emoção, continua a ser ouvido... e pressentido!...
ResponderExcluirNotável, como sempre, Zilani! Parabéns!
Beijinhos! FEliz semana, e um óptimo mês de Julho!
Ana
Ainda não tinha tido a sorte de a descobrir. Que lindo o seu cantinho. Que bela sua poesia Zilani. Um abraço.
ResponderExcluirOlá Zilani querida
ResponderExcluirAos poucos estou voltando...
Adorei estar novamente aqui...
Dá uma passadinha lá...
Beijos
Ani
https://cristalssp.blogspot.com.br
Olá Zilani
ResponderExcluirVenho agradecer e retribuir a visita e já sou sua seguidora:)
Gostei do seu blogue:)
Beijinhos e um bom fim-de-semana:)
Grata por tuas palavras e votos em meu blog. estou um pouquinho melhor das mãos, sim, mas não posso pensar em grandes "voos" escritos.
ResponderExcluirUm interessante e bem estruturado poema, a k já nos habituaste. seria alucinação?
Beijos e bfds.
Zilani que poema forte e belo! LI E RELI grande poetisa, grata por estes momentos impares.
ResponderExcluirHá dores provocadas pela ausência que são bem perigosas...
ResponderExcluirExcelente poema, parabéns pelo talento.
Amiga Zilani, um bom fim de semana.
Beijo.
Boa noite Lani,
ResponderExcluirPoesia intensa...
Há despedidas que causam alvoroço
emocional e alucinações dolorosas.
Bjs ;)
Bom dia Lani, gostei muito do esmero como fez o seu blog, Meus parabéns postagens com belos poemas. Bjs linda.
ResponderExcluirPassando para deixar um beijo e desejar uma semana cheia de alegrias.
ResponderExcluirAni
Realidad o estado de febrilidad, el poema tiene un lirismo bello lirismo negro, como los poemas de nuestro coterráneo, JUlio Flórez. Un abrazo desde Colombia. carlos
ResponderExcluirBem lavrado este poema, Zilani! Tal é a intensidade da dor que a melancolia se espalha.
ResponderExcluirUm beijo,
Olá Zilani! Passando para te cumprimentar e desejar uma ótima semana para ti e para os teus.
ResponderExcluirAbraços,
Furtado
Boa semana, Zilani. Aguardo o próximo post!
ResponderExcluiroi, Lani!
ResponderExcluirtudo bem? Filhotes e netos?
Deixaste no meu blog um comentário, que era para nosso amigo comum, Sol. Lapso teu, decerto. Queres k eu lhe diga ou tu fazes um outro no blog dele? Não passarei esse. Tá?
Beijos.
Olá, Zilani.
ResponderExcluirParabéns pelo texto e pelo blogue.
Pelo que percebi a personagem do poema era uma viúva (ou uma mãe) que tanto sofria por alguém que havia partido numa viagem de barco provavelmente sem deixar notícias. Porém, ela só o encontrou em sua passagem para o além.
Apesar de nada sabermos com certeza sobre o lado de lá da existência, é de fato um grande conforto a crença nesse reencontro com os entes e amigos que se foram. Daí hoje eu entender o sentimento daqueles que já sendo muito idosos praticamente a ninguém têm em suas companhias terrestres dos pertencentes a suas respectivas gerações.
Que saibamos lidar com essa situação de impermanência.
Ótima quinta-feira!
Voltei para ver as novidades.
ResponderExcluirAmiga Zilani, aproveito para lhe desejar um bom fim de semana.
Beijo.
Aproveitando que também vim espreitar se haveria novidades, agora que ando um pouquinho menos presente, na Net... já ajeitando tudo, aos poucos, para ir de férias, no mês que vem... deixo um beijinho, e votos de um excelente fim de semana!
ResponderExcluirTudo de bom!
Ana
Bela construção poética! Gostei muito de lê-lo! Remate final :
ResponderExcluirA beira do abismo, no escuro, se equilibrava,
Ouviu a voz dele, que de longe gritava,
-Não dê mais, nenhum, passo á frente...
-Vire-se e vá embora... Daqui, para sempre...( Quem diz as duas frases? Ele? Então, deduzo que está morto e quer protegê-la?)
Abraço
Zilani , vir ao seu espaço é sempre ser presenteada com belos poemas . O de hoje , triste . Beijos
ResponderExcluirUn placer leerte.
ResponderExcluirTe dejo un abrazo.
Muchas gracias.
Acredito que ela buscava por uma lembrança. Algo que ela não conseguiu de despedir nunca . Belíssimo poema.
ResponderExcluirBoa tarde Zilani! Lindo poema, ao lê-lo, faz-nos imaginar as imagens de cada acontecimento como um filme ao passar no olhar. Parabéns.
ResponderExcluirAbraço.
Mesmo distante o eco do amor tentando salvá-la!
ResponderExcluirBj
Adh