Só nas noites, em que a lua brilhante, se derrama,
Ouve-se os acordes tristes, do violino que chama,
Pois a musa, para quem compôs a serenata,
Não abre mais a janela, permanece cerrada...
Enquanto
toca, a saudade o consome,
Cada
corda vibra, chamando por seu nome,
Dando
vazão, à tristeza de seu coração,
Que
por ela espera, sabendo, ser em vão...
Quando jovem, tocava, sob esta mesma sacada,
Ela linda aparecia,
pelo luar banhada,
Beijava uma flor,
sorria e lhe jogava,
E ele com amor, a todas guardava...
Ainda as conserva, secas, amareladas,
Aperta uma na mão, a beija, banhado em lágrimas,
O violino, também chora, nesta noite enluarada,
Entoando a sonata... Da “janela fechada”...
Lani (Zilani Celia)