Quem
és tu, velha senhora,
Que fazes da calçada, tua casa, agora,
Não tens porta para abrir, não
tens conforto,
Mas, há sempre um sorriso, em
teu sulcado rosto...
De onde tanta força? Se és, só
fragilidade,
Cabelos brancos, gestos lentos,
sem agilidade,
O caos a tua volta, não te tira
a dignidade,
Nada pedes, só esperas, por um
gesto de bondade...
Pela manhã, teu desjejum é o
vento,
Teu almoço, o descaso, o desalento,
Teu jantar, a chuva e o relento,
E tua cama, a dureza do
esquecimento...
Quando a noite cai e surge a
primeira estrela,
Há lágrimas em teus olhos, soa o
sino da capela,
Relembras a vida, que um dia, te
fez plena,
E o toque macio, de uma mãozinha,
pequena...
Hoje enfim, irás ter, com a Mãe Maria,
Envolta no trapo velho, que no
frio, te cobria,
Abandonarás o corpo, que na laje
enrijecia...
Pedirás perdão, para quem, ignorava
tua agonia,
Passava, te olhava... Mas, nem
sequer... Te via...
Lani (Zilani Celia)
Lindos versos e tão triste fato, Zilani. Cada vez mais acontecem essas mortes assim e tão ignoradas. Simplesmente morrem, descansam...Ninguém sabem ninguém vê! Triste nossa realidade tão bem trazida poeticamente! beijos, chica
ResponderExcluirOi Zilani! Cada vez mais essa realidade só aumenta o seu alcance...Por trás de cada um há uma história que ninguém quer ouvir, como diz seu belo poema...Penso que as calçadas da rua são o último estágio do 'não ser"...talvez...paz.
ResponderExcluirAdorei seu poema, abração!
Lindo demais apesar de triste, porém real a passagem do tempo em nossas vidas, amiga Lani. Magistral seu poetar!
ResponderExcluirGostaria de poder visitá _ls mais vezes, mas meu marido fará a quarta cirurgia só esse ano e pouco tempo me sobra além de médicos e exames. Estou só com celular, sem computador, o que dificulta mais. Porém postar me acalma um pouco e me ajuda a passar por essa fase ruim de minha vida.
Obrigada pela visita e volte sempre.
Esqueça _se bem com o frio daí.
Beijos sabor carinho e um final de domingo e semana que entra de bênçãos
Donetzka
Oi Zilani! O poema é belo, apesar de carregar a tristeza em seus versos. O texto diz tudo , do dia a dia de muitos sem tetos, e a velha senhora, aqui destacada, nos traz a vergonha pelo descaso. Sempre nos fazendo refletir. Feliz semana. grande beijo.
ResponderExcluirOlá Zilani boa noite!
ResponderExcluirPoema muito lindo e verdadeiro amiga!
Como essa velha senhora, há tantas infelizmente!
Que bom seria se nossos poemas falassem só de coisas alegres!
Mas a vida é mesmo assim, acho que alegria plena não existe...
cada um de nós tem sua cruz para carregar!
Beijinho de paz e carinho. Tenha uma santa semana!
Muito obrigada pelas suas visitas, Abraço.
Boa noite, querida amiga Zilani!
ResponderExcluirPerdão, amiga, mas tenho que chorar ante um poema desse porte...
No abandono e no esquecimento... lembrando que um dia pegou umas mãozinhas pequeninas e perfumadas pelas suas mãos agarradas agora ao relento.
Parabéns, poeta de alma que diminui a dor da humanidade!
Tenha dias felizes e abençoados!
Bjm fraterno e carinhoso de paz e bem
Os sem abrigo metem-me uma impressão incrível.
ResponderExcluirCasa, comida, saúde.
Isso é o mais básico que qualquer ser humano TEM QUE TER.
Boa semana
Um poema triste, mas bem real,...
ResponderExcluirBeijinhos,
Espero por ti em:
strawberrycandymoreira.blogspot.pt
http://www.facebook.com/omeurefugioculinario
https://www.instagram.com/marysolianimoreira/
Bom dia!
ResponderExcluirPoema excelente. Muito bom de ler! Obrigada!
Entrelinhas da tristeza...
Beijo e uma excelente semana.
Um poema muito inquietante de tão triste… As pessoas tornaram-se indiferentes a quem sofre? Que mundo é este? O seu poema deixou-me a pensar.
ResponderExcluirUma boa semana.
Um beijo.
Triste o seu poema , mas é uma realidade que ainda se encontra...
ResponderExcluirVocê retratou bem esta dolorosa situação.
Um, abraço.
Élys.
Por muito sofrimento passam os sem-abrigos. Gostei muito do poema.
ResponderExcluirBjs
Dores de alma. Cegueiras da sociedade. Os mundos do avesso na cultura de morte que atravessa os nossos dias. Faça cada um de nós a diferença.
ResponderExcluirBoa semana, amiga!
Beijinhos.
Que lindo, Zilani! Tão comovedor!Obrigada!
ResponderExcluirTriste, sim, Zilani... mas lindo! Boa semana, amiga.
ResponderExcluirOi, Zilani, de fato é angustiante acompanhar fatos da vida que fogem à nossa possibilidade de solução...muito triste mesmo e nos traz uma grande sensação de culpa.Mas podemos pelo menos pressionar os órgãos de assistência social para tentar resolver melhor os deveres para os quais foram criados.
ResponderExcluirUm abraço
Excelente poema, tenha uma ótima tarde.
ResponderExcluirUm beijo,
My Pure Style x My Instagram x My Facebook
Triste sem perder a beleza!
ResponderExcluirBeijos! =)
Que triste, e que bonito!
ResponderExcluirTocante convite à reflexão, sobre as pessoas "invisíveis" ao duro olhar da indiferença. Triste, mas, belo e oportuno versar.
ResponderExcluirUm abraço e uma boa semana.
Querida Zilane, uma poesia comovente por se tratar de uma comovente situação que acontece no meio social de muitos países, infelizmente! São muitos casos idênticos ao que descreveste e nos convida a refletir. O que fazemos para que isto não aconteça?
ResponderExcluirParabéns amiga pela poesia muito bem pensada e escrita. Grata pela visita, seja sempre bem vinda! Bjus
A pesar del tema que afronta en tu poesía es un muy bella.
ResponderExcluirSaludos.
Um poema cheio de tristeza, mas que desnuda a realidade injusta em que muitos vivem e morrem.
ResponderExcluirBeijos!
E' sempre un piacere sostare sulle tue belle pagine
ResponderExcluirUn saluto,silvia
Bom dia Zilani!
ResponderExcluirTeus versos além de belos, trazem á tona, um apelo a termos mais humanidade e sensibilidade aos outros.
Fico muito feliz em receber-te.
Gratidão imensa pelo carinho.
Uma ótima quarta-feira para ti.
Abração com carinho
Que poema triste e bem real!
ResponderExcluirUm abraço!
Olá, Zilani, nosso povo está mesmo abandonado, tanta miséria, tanta dor sem consolo. Uma pena que seja assim. O Brasil parece mesmo não ter jeito.
ResponderExcluirParabéns, minha amiga.
Um grande abraço
Pedro
Triste realidade, Zilani...Bjs
ResponderExcluirOlá, Lani!
ResponderExcluirUm poema, que incomoda, mas é a dura realidade na nossa sociedade.
Está mto bem escrito, tal como já é hábito por aqui. Parabéns por tanta sensibilidade.
Beijos e dias felizes.
Uma realidade nua e tão crua! Cruel!...
ResponderExcluirPoema muito sensível e reflexivo...
Gostei de vê-la no Vida & Plenitude, obrigada novamente...
Bjs
Tudo como acontece na vida real. Parabéns pelo texto! AbraçO
ResponderExcluirUm poema forte que aborda uma realidade bem dura.
ResponderExcluirGostei imenso do seu poema, é excelente. Parabéns pelo talento.
Zilani, um bom fim de semana.
Beijo.
Olá Lani
ResponderExcluirÉ só para deixar um beijo e dizer que tens um blogue fantástico. Obrigado!
Vou levar comigo o teu link.
Mucha sensibilidad en tu poema.
ResponderExcluirOlá amiga Bom dia!
ResponderExcluirPassei dias ausente do meu blog, por força maior, estou voltando, aos poucos atualizarei as visitas para agradecer o carinho que recebi nas visitas ,no decorrer desses meses.
Obrigada a você que me visitou, comentou minhas postagens com atenção.
Um grande abraço do tamanho da distância que nos separa.
Dilene Gomes
Poetisa, Zilani Célia !
ResponderExcluirQue belo e triste poema...
Quantas mulheres, como a personagem,
vagam pelas ruas deste mundo, sem
serem, sequer, notadas.
Parabéns, uma ótima semana e um
carinhoso abraço.
Sinval.
Lani uma emotiva poesia com força de um grito para a fraternidade.
ResponderExcluirEstes seres invisíveis que a sociedade cria e abandona.
O mundo vive o ápice da indiferença à miseria e á desigualdade gritante.
Triste bela poesia com sentimento de quem se abala diante a injustiça.
Uma boa semana amiga.
Beijo.
Boa semana, Zilani. Aguardo o próximo post!
ResponderExcluirOlá, tudo bem? Realmente é muito triste ver essas cenas nas nossas metrópoles... Bjs, Fabio www.blogfabiotv.blogspot.com.br
ResponderExcluirOlá Zilani querida
ResponderExcluirLindo poema e muito triste também, mas infelizmente faz parte do nosso dia a dia.
Beijos
Ani
Oi Zilani, só tua sensibilidade e encanto para tecer uma poesia leve e bonita perante um retrato tão bruto . Triste e impotente é o país que não cuida de suas crianças e de seus velhos . Triste ver as fúteis campanhas que nos amedrontam e nos faz gélidos de sentimentos. Enfim ...
ResponderExcluirVeio a despedida do sofrimento
bjs
Olá, Lani!
ResponderExcluirAgora, que a família cresceu, desejo à tua netinha e pais um montão de felicidades.
Fazer adoção de uma criança nessa época de tanta turbulência, insegurança e inconstância é um ato de mta coragem e querer. Tudo de bom!
Beijos para todos vocês!
Olá, Zilani!
ResponderExcluirParabéns Zilani por este poema lindo, triste, verdadeiro.
Um poema que de tão real me perturbou e envergonhou.
Também aqui são muitos os novos e velhos que pobres de tudo buscam na rua gestos de bondade e atenção. Lamentavelmente, são cada vez mais os ricos de tudo que passam apressados ignorando a desgraça humana. Raio de mundo este!
Gostei muito, muito.
A foto foi a escolha perfeita.
Beijo.
Tão tristemente belo, tão emocionante.
ResponderExcluirAbraço
Querida Zilanni, emocionei-me com o teu texto, recordando o teu pai; revi-me nele, pois também hoje sinto que não o ouvi enquanto ainda podia e queria dizer alguma coisa que não o abracei e beijei as vezes que ele precisava, mas, como dizes, não posso voltar atrás, mas posso com certeza cuidar da minha mãe que, embora longe( no Brasil ) , necessita do carinho da filha, de ouvir a sua voz , de contar o seu dia a dia. Fui no dia 26 de Dezembro fazer a ultima despedida ao meu pai, mas tinha estado com ele em Março, ainda presente fisicamente, mas com a alma a preparar-se para a partida.
ResponderExcluirDepois. Zilanni, este triste poema homenageando as mães que, depois de darem aos filhos tudo o que tinham, em todos os aspectos, se veem abandonados por eles, como se fossem trapos velhos que se jogam ao lixo. Amiga, por aqui há muitos idosos abandonadas, em suas casas, nos lares e muitos nos hospitais. Doi o coração, amiga! Muito bom teres lembrado estes seres completamente esquecidos por todos. Um beijinho
Emilia
Passei para ver as novidades.
ResponderExcluirMas gostei de reler o seu brilhante poema.
Zilani, um bom fim de semana.
Beijo.
Belíssima poesia. Triste realidade, mas necessária mensagem. Adorei a leitura. Um abraço repleto de paz a você.
ResponderExcluirum poema triste mas o mundo de hoje é isso mesmo gostei mt mesmo sendo triste parabens bjs
ResponderExcluirIndependentemente da sua condição ou opção de vida, uma Mãe é sempre Mãe.
ResponderExcluirBela esta tua Poesia que toca a Alma da gente.
Beijo
SOL
Um comovente enfoque social.
ResponderExcluirPara onde vão os impostos dos que ainda trabalham?
Parabéns pelo excelente poema de denúncia.
É preciso falar destas tristezas confrangedoras.
Perdi o seu contato há tempos, facto que lamento.
É sempre bom o tempo de recomeçar.
Abraço
~~~
Olá Lani, poema comovente expressando a dura realidade dos dias atuais, a cara da desigualdade social. parabéns pelo grito!
ResponderExcluirVotos de uma feliz semana!
Bjss!
Meu abraço, Zilani, e boa semana. Aguardo o próximo post!
ResponderExcluirBom dia, Zilani Célia. Não são raros os casos congêneres a esse. Infelizmente, avança a ciência e a tecnologia, enquanto a alma decai de forma assustadora causando tamanha ingratidão e falta de solidariedade humana. Meus efusivos parabéns e um fraternal abraço.
ResponderExcluirOlá Zilani! O mundo desvaloriza os idosos, doentes, todas as pessoas especiais. Gostaria muito de fazer algo por eles, pois a dor da indiferença dos que passam pela vida deles e não os enxergam deve ser o que mais lhes dói.
ResponderExcluirLindo e pungente texto, dito com muita sensibilidade!
Um abraço
Bíndi e Ghost
Pertinente!
ResponderExcluirAbraço.
Olhar d'Ouro - bLoG
Olhar d'Ouro - fAcEbOOk
Comovente e tristemente cruel e real este poema tão lindo e tão triste , Lani !
ResponderExcluirMãe. O nome já é grande para tão pouco carinho da sociedade !
Maravilhosamente belo!
Beijinho ❤️
ResponderExcluirOlá, Zilani
Que poema emocionante! O título revela logo de entrada uma grande tragédia, mãe abandonada talvez pelos seus, e talvez pela sociedade.
Bj
Olinda
Boa tarde, Zilani,
ResponderExcluirquanta riqueza na construção de belos versos que nos contam
uma triste, mas real história.
Podemos ver todos os dias a mesma situação, nas ruas de nossa cidade.
Aos idosos não dão valor, triste realidade. Emocionante!
Beijos!
Bom dia querida Zilani!
ResponderExcluirOntem estava caminhando no centro de minha cidade, e vi três senhoras nessas condições que você registra em sua rica poesia. Fiquei imaginando os motivos, mas que fogem da minha compreensão. Cuidar, amparar alguém é um ato de amor, e como se não bastassem ser abandonadas pela família, também são pelo estado. Parabéns!
Grande abraço,
Fique na paz.
Dan
http://gagopoetico.blogspot.com/
Meu Deus, Zilani, tão lindo, versos que cantam a tristeza, a miséria, o abandono, uma vida miserável e não vi ódio!! Arrepiei, querida. Comovente. Aqui ou lá do outro lado, homens, mulheres todos os dias estendendo a mão, enrolados em panos sujos, humilhando-se e exatamente como teu último verso que acabam suas miseráveis vidas. Dói sim, como não? E o Estado nada! O país inteiro está nesses teus versos, dá para ver. Nada cômodo passar por eles, na verdade, o que adianta dar algo hoje? E amanhã, nos outros 30 dias, 1 ano?
ResponderExcluirAplausos! Um beijo!
Estimada Lani.
ResponderExcluirGostei de voltar a ler e apreciar o seu magnífico poema...
Fiquei contente com a visita que fez ao meu blogue de arte, mas não apanhou o 'link'.
Tenho o G+ desatualizado...
Coloque no motor de busca do Google.
A Vivenciar a Vida - Majo Dutra
Seja bem-vinda.
Um fim de semana agradável e venturoso.
Abraço cordial
~~~
Corrijo...
ExcluirA Vivenciar a Vida blog - Majo Dutra
Bjs
Boa tarde! Estou apreciando a sua linda página! Que as surpresas, os sonhos realizados e muita alegria sejão os ingredientes para os próximos dias. Bom Final de Semana!
ResponderExcluirExtremadamente conmovedor, saludos desde El Blog de Boris Estebitan.
ResponderExcluirÓtimo poema! Visitando seu blog.
ResponderExcluir"Só pra dizer" é uma expressão que me induz, me faz adivinhar a personagem que a escolheu como título de um blogue. Vejo a singularidade e delicadeza de uma alma sensível que "passa e vê". Na condição frágil da humanidade personificada numa mulher anónima ou imaginária toda a emoção erigida num poema. Belíssimo.
ResponderExcluirBj, Zilani Célia.
Espero que estejas bem, Zilani; desejo-te uma boa semana e aguardo o próximo post.
ResponderExcluirOlá Zilani, td bem?
ResponderExcluirAchei teu poema comovente e ao mesmo tempo triste pelo abandono de pessoas ao relento, sem ter um teto pra morar, sem ter comida no prato ou sequer um prato pra comer. Belíssimo e mostra como a nossa realidade é dura e triste.
Te desejo uma ótima semana!
Bjs
Un poema que conmociona, pues no son pocos los desheredados, como la mujer de tu poema, que mueren en el abandona. En el fondo del poema, hay una crítica y juicio a la sociedad de hoy, que se deshumaniza. Un abrazo. Carlos
ResponderExcluirLindíssimo poema! Emocionante e triste pelo abandono das pessoas.
ResponderExcluirBjs
Boa semana, Zilani! Aguardamos a próxima postagem.
ResponderExcluirUm poema que emociona. Triste realidade.
ResponderExcluirUm beijo, um sorriso e ótima semana!
Escrevinhados da Vida
Querida Lani
ResponderExcluirUm poema comovente, que nos faz reflectir sobre o que se passa à nossa volta!
Infelizmente, esta é uma situação muito comum, sobretudo nas grandes cidades.
Um beijinho
Beatriz
Um poema, que muito me sensibilizou... e que espelha tantas realidades, com que ainda nos vamos deparando!...
ResponderExcluirMais uma vez, fiquei fascinada, pelo profundo alcance das suas palavras, neste notável momento poético!...
Beijinhos
Ana