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Recanto das letras

quarta-feira, 17 de junho de 2015

MOMENTO ABENÇOADO!


                                                                                      Pedro e Leonardo.

A força, do coração, que pulsa,
No corpo materno, redoma amorosa,
Bate vigoroso, se anuncia,
A vida o chama, forte, imperiosa...

A natureza, pródiga, fecunda,
Com cuidado, a semente, inviolada,
Que no ventre fértil, germina,
Cresce e se transmuta, em flor, tão delicada...

E o milagre é novamente anunciado,
O anjo entrega a mãe, o filho por ela gerado,
Sai de mansinho, louvando, o encontro sagrado,
De duas almas, unidas por “Deus”, neste momento abençoado...

                                                                             Lani     (Zilani Celia)

   Estamos “vovôs”, digo estamos, porque já o somos, de nosso amado Pedro, agora fomos abençoados novamente pela vinda do segundo neto o “Leonardo“ que “Deus“ queira, tenha saúde e felicidade em seu caminho porque muito amor o espera, de toda a família e de seus pais a Inaliz nossa filha e o Ricardo, genro.
  


quarta-feira, 10 de junho de 2015

TRAGÉDIA ANUNCIADA!


É noite, negra tensa,
Um estrondo, o silêncio rasga,
Acorda assustada, suando,
Ouve passos, perto, se arrastando...

O homem dorme ao seu lado, na cama,
O bebê, tranquilo, no berço ressona,
Ela sente a densidade do ar,
De tanto medo, não consegue respirar...

Agora não há barulho, tudo tão quieto,
Um pressentimento lhe aperta o peito,
Paralisada, vê a porta abrir-se, lentamente,
E, uma mão, com uma arma, ereta, fremente...

Pequeno e franzino é quase um menino,
Tem maldade no olhar, quer matar, ou morrer,
O estampido soa...  Agora, bem perto,
Há sangue no chão...  Quente... A escorrer...


       Lani  (Zilani Celia)

quinta-feira, 28 de maio de 2015

INDIFERENÇA !


Para que caminhes, estendo,
De meus sentimentos, o manto,
Nele pisas, e viras as costas,
E, resoluto, lentamente, te afastas...

Quando voltas, com flores, a cama eu cubro,
Para que repouses, teu corpo cansado,
Enquanto jogas, uma a uma ao chão,
As recolho e as seguro, junto ao coração...

Espalho estrelas em tuas noites,
Para iluminar teus olhos, indiferentes,
Finges dormir, os manténs cerrados,
Para eu não ver neles, meus anseios realizados...

A música lenta espalha-se no ar, me ponho a dançar,
Te deixas envolver, sinto teus braços a me enlaçar,
A magia acontece, ouço teu coração junto ao meu, pulsar,
Amanhece, e mais uma vez...  Só estava, contigo a sonhar...


     Lani (Zilani Celia)

sábado, 16 de maio de 2015

INCONFUNDÍVEL PERFUME !



  
Sacode a cabeça, tenta embaralhar o pensamento,
Arrancar da mente aquele tormento,
Embaçar a vista e por um momento,
Abrigar-se de tudo, no esquecimento...

Olha a cama vazia, ainda desfeita,
Ouve os acordes da música, antes perfeita,
A penumbra, que era desse amor o palco,
Agora, é apenas, seu refúgio no quarto...

De seus olhos, escorrem lágrimas quentes,
Que por seu rosto descem como serpentes,
O ferem, deixando nele, da dor, a marca,
Que o trazem de volta, a realidade que o mata...

A vê indo embora estremece, ao bater da porta,
Ainda soa em seus ouvidos, o próprio grito “volta”,
Ela não o ouve e na noite escura, some,
Deixando o rastro... De seu inconfundível, perfume...

      Lani ( Zilani Celia)


sexta-feira, 8 de maio de 2015

MÃE!

 Mãe, visão sublime, com teu filho ainda no ventre,
Nossos olhos brilham, ante tua figura, fremente,
Anjos te guiam, em nome do Senhor,
Pois, levas contigo, o fruto, do mais puro amor...

Mãe, visão sublime, com a criança em teu peito, aconchegada,
Teu semblante é suave, de uma santa num quadro emoldurada,
Quando o afagas, tuas mãos resplandecem de luz,
Nelas, a força Divina, que emana de Cristo... Jesus...

Mãe, visão sublime é, tua figura, quando o levas pela mão,
Tens um sorriso nos lábios e muito amor no coração,
A natureza ante ti se enternece e para te acalmar,
Cobre o chão com folhas, para, se ele cair, não se machucar...

Mãe, tua visão é sublime, teu pequenino cresceu,
Sabes que ele é do mundo, não te pertence, não é só teu,
Bendizes o privilégio, que a vida te concedeu,
De seres, o elo sagrado...  Entre, teu filho amado e... Deus...

         Lani (Zilani Celia)

     Para todas as mães minha homenagem, principalmente a minha filha querida,
Inaliz, que logo, será mamãe também.
     Abençoado dia, para todas nós.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

APENAS ILUSÃO !

 Deslizar a cada noite, na escuridão que assusta,
Estender a mão para o vazio,
Encontrar o nada em cada curva,
Estremecer ao sentir, do próprio corpo, o frio...

Que lhe gela a mente, degrada a alma,
Desviando os passos, da meta antes traçada,
Na palidez do rosto, estampada a mágoa,
E o imponderável, de uma mente desvairada...

Ter medo ao farfalhar da folha,
Não permitir que a natureza o acolha,
Descrente, não beber da água fresca,
Queimar-se ao sol, sem perceber a sombra...

Chorar sozinho a lágrima que queima,
Ter solidão, como única companheira,
Contar estrelas em noite enluarada,
E, procurar nas nuvens... A imagem da mulher amada...

    Lani ( Zilani Celia)




sábado, 11 de abril de 2015

ABDICAÇÃO !


Vejo-me ali, pela fresta da porta,
Sou eu, nua e crua, quase morta,
Rolam as lágrimas, mas, não me importa,
Ser pelo mundo, friamente julgada...

Cerro os punhos, ferindo com as unhas, as mãos,
Parada, sem defesa, sem reação,
Todos os dedos em riste, em minha direção,
Bato no peito e digo, - Pequei, mas, nunca por omissão...

Não permito que fechem a porta,
Quero ver-me, curvada, entregue, exposta,
Se tudo para mim, hora se acaba,
Descerei com dignidade os degraus de minha escada...

E, ao chegar ao último, ao derradeiro,
Quero que vejam uma a uma, as rugas de meu rosto,
E o esgar que entreabrir meus lábios, puro escárnio,
Seja, a irônica gargalhada...  De quem, pela vida toda,
Teve o riso... Aprisionado na garganta...


      Lani  ( Zilani Celia)