É
nele, que todas as dores do mundo, vejo,
Cerro
os olhos, não quero ver, tenho medo,
Sua
frieza me atinge e nem o toco,
Está
tudo ali, cada imagem em foco...
A
água do rio sumiu, sob o plástico colorido,
Sufocado
sucumbe, sem um gemido,
Quem
dele sobrevivia, arregala os olhos, aflito,
Triste,
vendo tudo a sua volta, destruído...
As
matas ardem, o verde em extinção,
O
sol some, atrás de nuvens, de poluição,
Animais
morrendo, famintos, andarilhos,
Uma
terra ferida, herdarão, nossos filhos...
Eis
o caos, que o homem moderno criou,
A
natureza lhe cobrará todo o mal, que causou,
E o
mais louco dos loucos é aquele que viu...
Alienado,
sorriu... Virou-se e apenas, seguiu...
Lani (Zilani Celia)