Sou
da dor o par, sou consorte,
Derrubo,
destruo, arranco,
Também
sou leve e posso ser manso...
Sou
fogo... Sou quente, veloz,
Sou
algoz, muitas vezes feroz,
Quando
louco, queimo, saio de mim,
Não
paro, antes de ver, de tudo, o fim...
Sou
água... Corro solta, sem tempo,
Sou lágrima, pranteio o defunto,
Posso
ser mar, misterioso, profundo,
E o rio,
com o qual me confundo...
Sou
terra... Sou fincada no mundo,
Sou
chão, orgulho de um povo,
Na derradeira
morada , o adágio, pomposo,
A
poeira que cobre... Na tumba... O corpo...
Lani ( Zilani Celia)