Vem a noite, o sofrimento do dia termina,
Cai a chuva, fina, fria...
Vai aos poucos enregelando,
Embotando a mente que silencia...
A alma liberta abandona o corpo,
Veste-se de estrelas, sai levitando,
Um canto de liberdade entoando,
Sem perceber que está apenas sonhando...
Não quer voltar, não é vida...
Olha para ela no chão estendida...
Coberta por trapos, vencida...
Branca... Inerte... Maldita...
Ao romper da aurora a alma retorna,
Não pode abandoná-la assim, ir embora,
Acaricia seu rosto... Já está quase morta...
Respira fundo... Estende-se sobre ela... E chora...
Lani