Vagando
sem rumo, nesta noite triste,
Ouvi
alguém chamar meu nome, insistente,
Reconheci
tua voz, e, por um instante,
A esperança,
apossou-se de mim, novamente...
Atordoada
e sem certezas, o peito apertado,
Em
minha cabeça, reverberando ainda, teu chamado,
Sim,
era tua a voz, que eu estava ouvindo,
Só
não sabia, se era o agora, ou, o passado vindo...
Chuva
forte e impiedosa, meu corpo, todo molhado,
O
vento, soprando como louco, era dela, aliado,
Pessoas
correndo, para todos os lados,
E eu
ali, meus pés, no asfalto, colados...
Foi
neste mesmo lugar, que dilaceraste meu coração,
Quem
sabe voltaste! Agarrei-me a esta ilusão,
Cerrei
meus olhos, implorando, ajoelhada ao chão...
Ouvindo
ao longe, a Ave Maria... No velho carrilhão...
Lani
(Zilani Celia)