Sinto-te,
como força, da natureza,
Se, falso
ou real, não tenho certeza,
És a
aragem, que me arrepia e passa,
E em
sonhos, por um momento, me abraça...
A
noite cai e sem pena, espalha seu frio,
Penso
ver-te, na água gelada, do rio,
Titubeante,
tento tocar, em teu rosto,
Mas,
com as mãos, mais a superfície revolvo...
Não
estás aqui, enfim me convenço,
Chorando,
sozinha e triste, adormeço,
Uma
furtiva e desavisada lágrima, caiu,
Apagando
tua imagem, que no fundo sumiu...
E,
no transe da dor e da debilidade,
Balbucio:
Te amarei, até a eternidade...
Perdida,
sem mais abrir, o véu, da realidade,
Escondo-me
na penumbra... E sinto, mais saudade...
Lani (Zilani Celia)