Quando o céu escurece e a noite vem,
Ouço ao longe, o apito do trem,
Arrancando lembranças, de minha mente,
E lágrimas, de meu olhar triste, ausente...
Quando se aproxima, meu corpo estremece,
O frio d’alma aumenta, quando entardece,
Choro, aquele amor, que nunca se esquece,
Pois na vida, só uma vez, igual, acontece...
E, toda vez que corro, para vê-lo passar,
Penso, que desta vez, vou nele embarcar,
Minha bagagem, é só o amor, que tentei te ofertar,
E tua imagem, que meu tolo coração, quer guardar...
Novamente, ficarei na estação, quando ele partir,
Sentada n’um banco, com meu olhar o seguir,
E como trilhos, paralelos, que jamais se
encontrarão...
Somos nós dois e minha espera, sei... É em vão...
Lani
(Zilani Celia)