Infinitamente
pequena,
Sinto-me,
ante tua imensidão,
És
filho, da natureza,
Sangue
de suas veias, o coração...
Que
pulsa forte e ritmado,
Ditando
ao vento, um lindo recado,
A
onda, o ouve e para mim, murmura,
-És pequenina,
mas de Deus, também, criatura...
Meus
pés afundam, estou presa ao chão,
Abro
os braços e choro, rendo-me à emoção,
A
minha frente te exibes, em ondas gigantes,
Uma
cortina, com fios de ouro e brilhantes...
Em
simbiose perfeita, neste momento sagrado,
Meu
corpo entregue, meu cabelo molhado,
Sinto
na boca o gosto, de lágrima, salgado,
Compreendo
então... És, todo o pranto...
Que pelos
anjos... Foi chorado...
Lani (Zilani Celia)