Extirpaste
de meu peito a esperança,
Com
golpe certeiro, quebraste nossa aliança,
Frágil,
como o eram as falsas juras,
Corrompidas,
contaminadas, impuras...
De
peito aberto, doendo, sangrando,
Sublimei
a dor, segui te amando,
Fechei
meus olhos, engoli o pranto,
Um
passo atrás de ti, continuei andando...
Arranquei
ervas daninhas, de teu caminho,
Com
duras pedras, construí meu ninho,
Arrumei-te
a cama, com lençóis de puro linho,
Estendi-te
a taça, para sorveres um bom vinho...
Em
bandeja de ouro ofereci-me, como prêmio,
Desdenhaste
de meu corpo, olhei-me no espelho,
O
que vi foi o espectro, de alguém, que eu conhecia,
Destruída,
nem perto... Do que já fui um dia...
Lani ( Zilani Celia)