Até
ontem estavas ali, tão linda, oh, flor,
Transpiravas
saúde, beleza e cor,
Hoje,
ao passar te vejo, jogada ao chão,
Inerte,
esquecida, tendo ao lado um botão...
Quando,
este belo jardim, ainda enfeitavas,
Mãos,
em tua direção iam, inocente pensavas,
Que a
intenção seria, somente, acarinhar-te,
Jamais,
extirpar-te a vida, sem dó nem piedade...
Resististe
bravamente, ao frio que te congelava,
A
noite, pelo vento forte, foste fustigada,
Tuas
pétalas pendem, a imagem, me é dolorosa,
E, de
meus olhos corre, uma furtiva, lágrima...
Ao
ver-te assim, tão bela, no estertor da morte,
Sei,
que se esvai de ti, a pouca vida que tiveste,
Recosto-te
em meu peito, tentando aquecer-te,
Mas,
é tarde e só um carinho... Posso fazer-te...
Lani ( Zilani Celia)