Há
quem te chame louco,
Demonstras
teu sofrer, com um, gemido rouco,
E quando
a poesia, se aninha, em teu regaço,
Dela
ficas cativo, nada mais, que um escravo...
Se é
de amor a inspiração, a ela te entregas,
De
tua boca brotam, as mais belas palavras,
Compões
e quando enfim, ao final chegas,
Apaixonado,
de sentimentos, já transbordas...
Porém,
se a tristeza, te for, imposição,
No
fundo do peito, sentirás a dimensão,
Da
dor, que acometerá todo teu ser,
A
cada poema, que na manhã vires nascer...
Ah,
poeta!
És capaz,
do próprio réquiem, compor,
De
chorar por dentro, escondendo a própria dor,
De
sorrir, ao ver, tão descomposta a alma,
E fazer
outro verso... Quando a lágrima, o apaga...
Lani (Zilani Celia)