Vi,
quando arrancaste, o coração do peito,
Sangrava
desolado, sem saber direito,
Qual
crime, fora a ele imputado,
Se,
a acusação seria, a de muito ter amado...
O
julgaste e condenaste, a pena foi o exílio,
Não
ouviste seus rogos, lhe negaste auxílio,
Rolou,
por sarjetas sujas, solitário,
Por
longo tempo, padeceu nesse calvário...
Já
nada mais esperava, sofria em agonia,
Nesta
noite chuvosa, a solidão mais lhe doía,
Como
em sonho, teu chamado, ao longe ouvia,
E tua
mão, o retirava da lama, o acolhia...
-Voltaste!
Exclamou o coração choroso,
Prometo,
não mais amar, errado de novo,
- A
dor curou-me, aprendi por tanto sofrer,
Que,
só vale a pena... Quando é mútuo o querer...
Lani (Zilani Celia)