Na
chuva, entre um clarão e outro,
Na
noite fria, minh’alma sente,
Teus
olhos nos meus e uma tristeza de morte...
Tua
roupa molhada, colada ao corpo,
A
desolação, estampada no rosto,
Na
rua, a mala abandonada,
Um
ramo de flores, jogado na calçada...
Desembaço
o vidro, que me tolhe a visão,
A
tristeza me consome, bate-me forte o coração,
Não
saio do lugar, estou colada ao chão,
A
porta se abre, o vento me toca, volto á razão...
E, no
momento em que te perco do foco,
De
meu peito escapa, um sentido soluço,
Não estás ali, é só mais um delírio, doído e louco,
De
minhas noites... Na janela debruçada...
Sem sono...
Lani ( Zilani Celia)