Vens, desfazes a
cama e deitas, basta que queiras,
Sem nenhuma
pergunta, com mentiras perfeitas,
A tomas como dono
e ela, em silêncio se entrega,
Como o faz a flor,
ao ser da haste arrancada...
Cada lágrima que
rola, transforma-se em pedra,
Afoito, nem percebes,
que baixinho ela diz, - chega,
No cenário do quarto,
a vês na cama, perfeita,
E, teu olhar de
felino, pela caça, se inflama...
Na penumbra, da
noite, teu corpo suado, brilha,
Fremente a amas e
ela, como sempre te aceita,
Seu rosto
angelical é agora, uma máscara, desfigurada,
E, enquanto te
vestes ela espera, parada, feito estátua...
Novamente, irás
embora, retomarás tua vida,
Com olhos tristes,
acompanha tua saída,
Para ela, foi a
última vez, a despedida,
Para ti, sua porta
está fechada... Tua entrada proibida...
Lani (Zilani Celia)