E eu que fui marcado,
A ferro e fogo pela vida,
Em ti não encontrei guarida,
Parto, desventurado, rasgando mais a ferida...
Buscando amor, em toda noite, desvairado,
Só encontro dor, no rosto da mulher pintado,
Na tela da vida, com suor do gozo, colado,
Em cada corpo, na aquarela escura, retratado...
Como um zumbi,
Me desloco na loucura
Corro sozinho, a procura,
De todos os sonhos que desconstruí...
Quando no abismo do silêncio,
Sem mais opções me lanço,
Estendo as mãos, exaurido,implorando,
Paz, para este corpo e alma, em sombras se transformando...
Em cada montanha que subir, morrer um pouco,
E lá no alto, no ultimo arrobo de um louco,
Braços abertos, em Cristo... Sem forças... Suplicando...
“Por favor, me leve... Veja Pai, já estou morto...”
Lani